domingo, 10 de fevereiro de 2013

No chalé


Estarei atento ao teu olhar se tu me suplicias. Enquanto teu corpo nu estirado por sobre a cama baixa estiver pulsando de desejo, e enquanto seus cabelos negros, que correm lisos e decididos por sobre seus ombros estiverem tomados pelo meu suor que caiu sobre eles, eu estarei a olhar nos teus olhos, durante e depois do amor, até que nossa respiração se sossegue e nossos espasmos se esvaiam.

Meus dedos em teu rosto continuam a te acariciar com a mesma dedicação de outrora, e teus olhos, semi-cerrados, parecem dizer-me que o sono lhe chega como complemento ao prazer há pouco experimentado.

As paredes de madeira do chalé são testemunhas do ato há pouco cometido. O amor foi celebrado por nós, mais uma vez. Continuo a olhar teu corpo nu e teus seios frescos. Procuro tua boca e me dizes que me ama, ainda mais que tudo em tua vida. Uma onda de paz e carinho me dominam e deito-me sobre teu corpo como que querendo lhe recompensar por me amar. Minha maior recompensa é meu amor a ti.

Que as estradas que nos esperam tenham tantas curvas quanto forem necessárias! Contornaremo-las uma a uma. E a cada manhã, enquanto o sol nascer por trás da montanha à direita do chalé, estaremos indo embora, com a certeza de que o nosso amor é um ponte entre o mundo visível e o invisível. Amo-te!

Beijo quente!

Apollo