terça-feira, 29 de abril de 2014

Me fascina

Me fascina tua pele e teus olhos, e a insistência em te tornar ainda mais bela. Teus beijos, sempre quentes, são a prova do sentimento que trazes junto a teu peito;

Me perco em teus olhos sempre reluzentes. E tua mão com toque suave e envolvente. Suga-me o corpo e inala-me em tua alma;

Escolheste-me para eleger, junto a ti, o amor implacável que nos imerge em ondas fulgurantes de prazer;

Teu vestido, teus sapatos, teu batom... ruína de uma pobre alma que procurava por outra tão gêmea;

Juntos podemos resistir ao nascer do sol, que de tanta luz derramada nos faz parecer ofuscados dentro de uma incompreensível sombra clara;

Me fascina teus livros sempre lidos com a ânsia de saber que nunca serás mais que uma em minha cama;

E teu nome, sempre rima com meus métodos...

E tua voz nunca dizes que tens medo, apesar da certeza de que a lâmina pode cortar-nos em um só golpe;

Existe um objetivo nas lágrimas proferidas... amar, sofrer, sorrir, mas nunca desistir.

Apollo

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Recomendo esse livro

Estou lendo um livro que me foi muitíssimo bem recomendado, mas eu mantive minha guarda fechada até a quinta ou sexta páginas apenas. Como o livro foi escrito no fim do século XVIII, eu tive uma falsa sensação de que o livro me serviria apenas como um meio de conhecer as formas pueris e inocentes de transar daquela época. Mas qual foi minha surpresa ao perceber que os "métodos" desses nossos ancestrais são tão ou mais apimentados que os nossos. De queixo caído não pude deixar de colar uma "ingênua" página do livro aqui para que você entenda do que eu estou realmente falando. Ahh... o nome do livro? Filosofia na Alcova, da lavra de Marquês de Sade.

Publicado em 1795, esse romance na forma de diálogos faz a maioria dos livros eróticos de hoje parecerem contos infantis. Em meio a orgias com intuito de educar sexualmente uma jovem, o autor critica os costumes burgueses e a religião. Logo no início faz um apelo aos libertinos e pede para que as “mulheres lúbricas” desprezem tudo que contrarie as leis do prazer. A linguagem erudita e arcaica não diminui o erotismo e a narrativa transgressora de Sade, com direito a ménages e sodomias homos e héteros.

Recomendo com louvor. 

Beijo quente...
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Apollo


quinta-feira, 17 de abril de 2014

Estar sozinho...

Há o momento de amar, o momento de se restabelecer, o momento de estar sozinho. Conhecer a si mesmo é o primeiro passo para conhecer os outros. Estar sozinho parece cruel, a solidão incomoda, mas é o único jeito, reitero, o único jeito de se conhecer.

Esses pensamentos de Osho é uma boa reflexão sobre como lambermos nossas próprias feridas causadas no embate do dia-a-dia. Estar cego diante de si é o primeiro passo rumo ao precipício que se abre sob nossos pés.

Boa leitura!

Apollo

"Como descobrir o essencial? Buda saiu em silêncio durante seis anos. Jesus também foi para o ermo. Seus seguidores, os apóstolos, queriam ir com ele. Eles o seguiram e a certo momento, num certo ponto, ele disse: “Parem. Vocês não devem vir comigo. Agora, eu devo ficar sozinho com meu Deus.”. Ele entrou no deserto. Quando ele saiu de volta, ele era um homem totalmente diferente: ele tinha se defrontado consigo mesmo.

      A solidão torna-se o espelho. A sociedade é o engano. Eis por que você tem medo de ficar sozinho – porque você terá de se conhecer na sua nudez, na sua ausência de ornatos. Você tem medo. Ficar sozinho é difícil. Sempre que você está sozinho, você imediatamente começa a fazer alguma coisa, de modo a não ficar sozinho. Você pode começar a ler o jornal, ou talvez você ligue a TV, ou você pode ir a um clube para se encontrar com alguns amigos, ou talvez visitar alguém da família – mas você tem de fazer algo. Por quê? Porque no momento em que você está sozinho sua identidade se derrete, e tudo que você sabe sobre si mesmo fica falso e tudo o que é real começa a vir à tona.

     Todas as religiões dizem que o homem tem de entrar em retiro para conhecer a si mesmo. A pessoa não precisa ficar lá para sempre, isso é inútil; mas a pessoa tem de ficar em solitude por um tempo, por um período. E a extensão do período dependerá de cada indivíduo. Maomé ficou em solitude durante alguns meses; Jesus por somente alguns dias; Mahavir durante doze anos e Buda durante seis anos. Depende. Mas a menos que você chegue ao ponto onde você possa dizer “agora conheci o essencial”, é imperativo ficar sozinho."

Osho

sábado, 12 de abril de 2014

A mulher e os filmes pornôs

Outro dia eu estava lendo uma coluna num site, escrita por uma mulher, e ela se mostrava indignada sobre o público a que se direcionam os filmes pornôs. Eu devo concordar com ela.
Mulheres realmente assistem a filmes pornôs. E não são poucas mulheres! Mas elas escondem esse fato porque o primeiro comentário que ouvem quando contam esse pormenor a alguém é o tal do “Danadinha você, hein??!!”. Isso soa como se o fato de assistir a filmes pornôs fosse algo abjeto, anormal, inconcebível. Não deveria ser esse estardalhaço. Bem que poderia ser assim: eu vejo pornô. Ponto. De fato, soa tão inacreditável que nem a indústria pornográfica acredita. Comportam-se idiotamente ao voltarem o foco das produções pornográficas ao público masculino e ignoram peremptoriamente as mulheres. Logo elas que são um público tão fiel a esse tipo de demanda. Conheci muitas mulheres que, no recôndito de quatro paredes, me confessaram adorar filmes pornôs. Posso estar dando aqui a pista para a [re]descoberta da pólvora. Posso até mesmo dar dicas de como os profissionais da indústria pornô devam gravar os filmes tendo como alvo principal as mulheres. Para ser bem sincero, acho que os filmes pornôs de hoje são um lixo. Não possuem um contexto, não tem um enredo certo. Mal começa o filme e já se vê uma boa suruba ou então os atores já nus, contracenando falas curtas e pessimamente interpretadas. Cá entre nós, eu tenho ideias absurdas sobre como gravar filmes pornôs voltados a mulheres. Penso que o enredo do filme talvez dê mais tesão que o próprio ato sexual. Enquanto estiverem ganhando rios de dinheiro, não mudarão a forma de ver esse segmento bilionário. Como eu não tenho dinheiro para investir nessa área [uma pena], cabe-me apenas me voluntariar para ser uma espécie de consultor das produções pornográficas voltadas a mulheres. E eu não faria feio não.

Tenho contos escritos bem mais quentes que os contos que posto aqui, mas por uma razão lógica, não os posto. Não é o perfil do blog. Aqui falo do sexo sim, mas tendo como pano de fundo o amor. Falar de sexo pura e simplesmente é muito mais fácil.

Bem, voltemos ao tema central do post, porque divaguei muito. Os filmes de hoje são voltados apenas ao público masculino. E provo isso. É só vermos as descrições dos vídeos pornôs na internet para que você me dê razão. Via de regra são assim: “Mulheres safadas na sua região.”; “Esposa foi traída e quer se vingar.”; “Mães solteiras precisam de pau.”; “Sua esposa nunca vai saber.” É tanta frase com viés machista que as mulheres devem se sentir ainda mais “coisificadas” do que se sentem. É verdade!! A mulher é representada nos odiosos filminhos de putaria produzidos em estúdio dessa forma. Vendem a ideia de que a mulher se importa mais em dar prazer do que em sentir. Muitas vezes, violentada,  subjugada. A mulher gostosa e irritantemente passiva. A vadia insaciável e que sacia todas as fantasias do espectador. Vendem a  mulher sempre como um produto, um objeto que proporciona prazer, antes de um sujeito que sente prazer.

Além disso, nunca vi – se existe, me corrija – um anúncio direcionado ao público feminino, tipo “homens solteiros na sua região” ou “pais solteiros precisam de boceta.” Esses anúncios simplesmente não existem, por que se parte do pressuposto de que as mulheres não estão interessadas.

Para vender um produto a um público é necessário conhecê-lo antes. Fica a dica a algum produtor de filmes pornôs que se interesse em multiplicar seus lucros: invistam em pornô voltado a mulheres. Caso queiram uma humilde colaboração, estou à disposição {hehe].



Beijo quente!
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Apollo

Mulher de calcinha em casa

Tem coisa mais linda do que mulher ficar só de calcinha em casa? Sinceramente eu acho que pode até existir coisas mais lindas que isso, mas esse número de coisas pode ser contado nos dedos de apenas uma das mãos [e sobra dedo]. Fico me perguntando se elas gostam de ficar de calcinha apenas para mero conforto delas ou para nos provocar mesmo. Nem penso em chegar a essa conclusão porque seja qual for o resultado, o mais importante para mim é vê-la de calcinha. Mas se querem um pitaco meu, acho que a segunda alternativa é mais que rotineira.

É uma espécie de mensagem subliminar dizendo: veja, eu tenho tudo isso que você está vendo e está a poucos metros apenas de você. Daí minha paz se vai embora, meus pensamentos se canalizam nesse pormenor e passo a imaginar nós dois conectados pelo prazer e pelo sentimento que nos une.

Outro dia, no trabalho, fiquei imaginando você de calcinha passeando sua bunda redonda, morena e volumosa pela nossa casa. Mais precisamente aquela calcinha preta [será que aquilo é calcinha mesmo, ou apenas metade de uma?]

Seja como for, me perco nessa cena. Já cheguei a pensar que isso fosse uma espécie de doença, um fetiche mais que exagerado. E se for? Nesse caso devo apenas dar vazão a esse instinto masculino que me lança em situações tais que me levaram a criar esse blog. E desfrutar do ato de tirar sua calcinha e estocar-lhe à exaustão...

Beijo quente!
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Apollo


quinta-feira, 3 de abril de 2014

Cora Coralina

Não sei se a vida é curta ou longa para nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser: colo que acolhe, braço que envolve, palavra que conforta, silencio que respeita, alegria que contagia, lágrima que corre, olhar que acaricia, desejo que sacia, amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo, é o que dá sentido à vida. É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais, mas que seja intensa, verdadeira, pura enquanto durar. Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.

Cora Coralina 



quarta-feira, 2 de abril de 2014

Atmosfera

Hoje eu serei o dono da noite. Vinho chileno, velas decorativas brancas ao pé da cama, uma maçã para simbolizar a paixão, perfume amadeirado no ar, comida leve no prato, talvez um risoto, talvez uma massa.

Banho de espuma, sais de banho, quem sabe. Toalhas limpas e perfumadas. Lingerie vermelha... pequena e audaciosa.

Eu e a penumbra de nosso quarto a esperamos. A chama das velas desenharão imagens confusas e incompreensíveis nas paredes. A atmosfera está pronta. Agora só falta você chegar e tingir todo esse cenário com as cores sutis de sua pele acetinada, de seus olhos faiscantes.

- Olá!

Eu nada respondo. Apenas toco-lhe o quadril e aperto com força.

- Mas o jantar está na mesa... balbuciou ela.

Não haveria mais tempo para outra coisa. O jantar esfriaria ali mesmo... na mesa.