domingo, 26 de janeiro de 2014

Janice: mulher ou demônio? [desfecho]

Janice continuava a pedir mais drinks e a falar de sua teoria tantas vezes testada na prática. Disse-me que quando ia fazer caminhadas no parque da cidade em que morava (com o objetivo de cuidar de sua saúde, mas também de provocar os homens) antes de sair de casa ela passava algum tempo lendo contos eróticos ou comendo com os olhos fotografias de homens pelados. Algumas vezes se acariciava delicadamente e se parabenizava no espelho pela sua beleza, pele macia, aparência gostosa e por suas hábeis técnicas de fazer amor. Como que por mágica, a proporção de homens que a olhavam interessados na rua aumentou. Os colegas de trabalho começaram a lhe fazer convites e esse número crescia rapidamente.

Ela percebeu que acabaria por ter de enfrentar a questão crucial: depois de ir para a cama com um desses homens, ele a acharia ainda mais excitante? Ou descobriria que suas vibrações sexuais prometiam algo que não podia cumprir?

Vinha conversando na internet há várias semanas com um homem lindo e maravilhoso chamado Saul, quando finalmente marcaram um encontro. Preparou-se cuidadosamente. Antes de ir porém, ela leu seu relato erótico favorito num site do gênero. Pegou suas fotos de homens nus e fantasiou fazendo todo o tipo de "bobagens" com aqueles homens lindos da vida real. Imaginou-os implorando por mais e lhe dizendo que ela era a criatura mais gostosa dentre as mulheres da Terra.

Quando Saul foi lhe apanhar, ela estava tão excitada que mal conseguia manter as mãos longe dele. Mas se controlou porque queria prolongar aquela sensação por toda a noite. Ela podia ver que Saul sentia a tensão sexual, e percebeu, deliciada, que sob a calça jeans do rapaz estava surgindo um grande volume. Sentia-se ainda mais gostosa.

Quando finalmente chegaram ao apartamento de Saul, praticamente arrancaram as roupas um do outro. Viu-se falando e fazendo coisas que nunca falara e fizera antes - coisas deliciosamente provocantes, sensuais, obscenas. Elas vinham com naturalidade. Aquilo tudo fazia com que Saul se sentisse como um animal enjaulado, ofegante, pois tocava seus seios, acaloradamente, queimando de desejo. Ambos se acariciaram, se beijaram durante poucos minutos apenas e então, totalmente vencidos pelo tesão, se amaram com frenesi na cama, no chão da sala e, por fim, no chuveiro. Saul lhe disse que aquela era a noite mais incrível de sua vida; nunca antes se sentira tão excitado. Seu experimento sexual havia funcionado!

Obviamente, depois de contar-me esse relato com o olhar faiscando de sensualidade, convidei-a a conhecer meu quarto no hotel; nos amamos a noite inteira. Exaustos no outro dia, nosso abatimento era visível por parte dos nossos colegas, o que causou algumas piadinhas entre eles, como por exemplo, que havíamos passado a noite toda juntos. Acertaram sem saber!!

Então devo admitir que fui o único que dormiu com Janice durante aquele curso e que mesmo depois de voltarmos para nossas cidades, continuamos a nos encontrar por alguns meses. A roda do tempo havia previsto essa atração incontida entre nós dois e o que foi predito há séculos atrás, foi cumprido por nossos corpos, por meses a fio. Saudades dela. Por onde será que tem andado?

[Fim]

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