Janice continuava
a pedir mais drinks e a falar de sua teoria tantas vezes testada na prática.
Disse-me que quando
ia fazer caminhadas no parque da cidade em que morava (com o objetivo de cuidar
de sua saúde, mas também de provocar os homens) antes de sair de casa ela
passava algum tempo lendo contos eróticos ou comendo com os olhos fotografias
de homens pelados. Algumas vezes se acariciava delicadamente e se parabenizava
no espelho pela sua beleza, pele macia, aparência gostosa e por suas hábeis
técnicas de fazer amor. Como que por mágica, a proporção de homens que a
olhavam interessados na rua aumentou. Os colegas de trabalho começaram a lhe
fazer convites e esse número crescia rapidamente.
Ela
percebeu que acabaria por ter de enfrentar a questão crucial: depois de ir para
a cama com um desses homens, ele a acharia ainda mais excitante? Ou descobriria
que suas vibrações sexuais prometiam algo que não podia cumprir?
Vinha
conversando na internet há várias semanas com um homem lindo e maravilhoso
chamado Saul, quando finalmente marcaram um encontro. Preparou-se cuidadosamente.
Antes de ir porém, ela leu seu relato erótico favorito num site do gênero.
Pegou suas fotos de homens nus e fantasiou fazendo todo o tipo de "bobagens"
com aqueles homens lindos da vida real. Imaginou-os implorando por mais e lhe
dizendo que ela era a criatura mais gostosa dentre as mulheres da Terra.
Quando
Saul foi lhe apanhar, ela estava tão excitada que mal conseguia manter as mãos
longe dele. Mas se controlou porque queria prolongar aquela sensação por toda a
noite. Ela podia ver que Saul sentia a tensão sexual, e percebeu, deliciada,
que sob a calça jeans do rapaz estava surgindo um grande volume. Sentia-se
ainda mais gostosa.
Quando
finalmente chegaram ao apartamento de Saul, praticamente arrancaram as roupas
um do outro. Viu-se falando e fazendo coisas que nunca falara e fizera antes -
coisas deliciosamente provocantes, sensuais, obscenas. Elas vinham com
naturalidade. Aquilo tudo fazia com que Saul se sentisse como um animal
enjaulado, ofegante, pois tocava seus seios, acaloradamente, queimando de
desejo. Ambos se acariciaram, se beijaram durante poucos minutos apenas e então,
totalmente vencidos pelo tesão, se amaram com frenesi na cama, no chão da sala
e, por fim, no chuveiro. Saul lhe disse que aquela era a noite mais incrível de
sua vida; nunca antes se sentira tão excitado. Seu experimento sexual havia
funcionado!
Obviamente,
depois de contar-me esse relato com o olhar faiscando de sensualidade,
convidei-a a conhecer meu quarto no hotel; nos amamos a noite inteira. Exaustos
no outro dia, nosso abatimento era visível por parte dos nossos colegas, o que
causou algumas piadinhas entre eles, como por exemplo, que havíamos passado a
noite toda juntos. Acertaram sem saber!!
Então
devo admitir que fui o único que dormiu com Janice durante aquele curso e que
mesmo depois de voltarmos para nossas cidades, continuamos a nos encontrar por
alguns meses. A roda do tempo havia previsto essa atração incontida entre nós
dois e o que foi predito há séculos atrás, foi cumprido por nossos corpos, por
meses a fio. Saudades dela. Por onde será que tem andado?
[Fim]
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