Tinto!

Está um calor absurdo, no sul de minas, nesses últimos dias. Os fins de tarde me convidam sempre para ir a barzinhos da minha cidade a fim de ouvir boa música, beliscar um tira-gosto e tomar um chopp bem gelado. O clima é descontraído e me divirto bastante; o verão é uma boa estação. Entretanto, devo admitir que estou ansioso pela chegada do outono. Quando vai se aproximando a segunda metade do mês de abril, as madrugadas já passam a nos convidar a esticar um cobertor sobre o corpo. E, obviamente, nos convida a degustar um bom vinho. Outro dia me bateu uma vontade imensa de tomar um bom tinto. Apesar do calor da tarde, a temperatura aqui no sul de minas tem caído consideravelmente à noite, assim torna-se possível degustar umas boas taças de um bom tinto lá pelas 11 da noite.

Ontem não resisti e abri uma garrafa de Reserva Carmenére 06, da Ochotierras, que comprei numa viagem. Esse chileno tinto é uma boa dica para os adeptos de vinhos bons e de preços acessíveis. Na época eu paguei por volta de quarenta reais em cada garrafa. A primeira não passou da primeira semana (rsrs). Esse jovem vinho feito da uva Carmenére tem reflexos violáceos e um buquê frutado. Eu gostei e recomendo.

Na verdade, tenho percebido que o mercado de vinhos está em evolução, mas por essa razão direta, tem surgido muito “joio” por aí, os quais devemos separar do “trigo”.

Tenho cá comigo a derradeira garrafa. Trata-se de um cabernet sauvignon argentino, da região de Mendoza. Seu nome; Weinert, safra de 2005. Ótima pedida para se tomar a dois...a sós. O sabor do carvalho dos tonéis onde ele é descansado é notório ao fim do gole. De aroma frutado, seu preço assusta um pouco [particularmente já bebi vinhos mais baratos e quase tão bons], mas vale cada gole. Fica a dica.

O mês de junho promete; copa do mundo, friozinho nas montanhas, uma boa companhia para se celebrar o amor, e a seiva transformadora dessa relação entre o homem e o mundo; o vinho.

Tim, tim.

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Apollo