segunda-feira, 31 de março de 2014

Ao telefone...

- ... Problemas são feitos para serem resolvidos, não?

- É verdade. Muito embora demandem tempo.  Eu acho que existem problemas que colocam em xeque toda nossa estrutura construída em anos e anos. - Disse Eduardo, sentado à beira de sua cama, numa manhã de um preguiçoso domingo.

- A experiência é um farol que ilumina para trás. Tudo que é construído vale muito pouco quando se trata de futuro. Nadar, morrer na praia e mais um monte de frase pronta. Disse Antonieta, sorrindo.

O rapaz, que havia chegado tarde da rua, sonolento, mas ainda assim alimentava com interesse aquela conversa com sua potencial cliente. Ele fora procurado por Antonieta dias antes pelo seu blog de divulgação profissional, onde aquela manifestava interesse em conhecê-lo. Eduardo respondeu-lhe:

- Frases prontas que eu não conhecia e são boas para reflexão. Mas não falemos de problemas, pois não devem ser citados quando se está com uma mulher e a ela deve ser dada toda a atenção do mundo.

Antonieta se sentiu especial, como há um bom tempo não se sentia. Ela deu um sorriso morto no telefone e se perguntou se aquilo tudo era real. Estaria ela se envolvendo com um homem que lhe inspirava apenas tesão ou muito mais que isso?

Eduardo tinha toda a paciência do mundo em envolver uma mulher e trazê-la para a atmosfera a ele submetida, onde ele determinava qual era o momento de atacar, de defender, de dominar e de fazer explodir em desejo. A conversa seguia afável, mas parecia haver um tabuleiro de xadrez diante dos dois, onde cada palavra a ser dita era como a jogada que determinaria o xeque-mate. Eduardo sabia que alguns tipos de mulheres, antes de sair com um garoto de programa, precisam se envolver de alguma forma e interagir com o profissional do sexo. Isso lhes dá mais segurança e cria um laço, mesmo que tênue, onde se torna possível uma entrega parcial. Esse tipo de mulher não se entrega sem um contato inicial, mesmo que fosse por telefone ou pela tela impessoal de um computador. E era exatamente esse perfil feminino que atraía Eduardo. Ele investia mais energia e capacidade de persuasão quando se deparava com essas mulheres. Até existe uma explicação lógica: trabalho feito com prazer é diversão.

- Acho que os homens lidam muito melhor com os problemas. Disse Antonieta.

- Pode até ser, mas alguns homens são muito confusos para resolver um problema também. Só não assumem isso.

- Que nada, moço. Homem é mais resolvido. Com ele é 8 ou 80.

- Você conhece dos homens só aquilo que eles externam por gestos, palavras ou atitudes. Entretanto, seus pensamentos escondem abismos enormes.

- Nossa! Estou surpresa com esta revelação.

Eduardo sorriu do outro lado da linha.

- Mas as mulheres sempre souberam disso...

Aquela interessante mulher, com pouco mais de 35 anos, era neta de um importante político gaúcho que fez carreira no Rio de Janeiro. Herdeira de uma fortuna incalculável, havia sido testemunha do glamour da alta sociedade gaúcha, mas hoje, após ver morrer seu noivo a quem dedicara boa parte da vida, num grave acidente automobilístico, vivia pelos cantos, chorosa, sentindo falta daquela alma tão parecida com a sua. Depois que conheceu Eduardo, percebeu que almas generosas são mais frequentes que pensava. Mas mesmo as generosas têm seus momentos de solidão, trevas e dúvidas.

quarta-feira, 26 de março de 2014

Antero de Quental - Oceano

Junto do mar, que erguia gravemente
À trágica voz rouca, enquanto o vento
Passava como o voo do pensamento
Que busca e hesita, inquieto e intermitente,
Junto do mar sentei-me tristemente,
Olhando o céu pesado e nevoento,
E interroguei, cismando, esse lamento
Que saía das coisas, vagamente...
Que inquieto desejo vos tortura,
Seres elementares, força obscura?
Em volta de que idéia gravitais?
Mas na imensa extensão, onde se esconde
O Inconsciente imortal, só me responde
Um bramido, um queixume, e nada mais...


Antero de Quental

segunda-feira, 24 de março de 2014

Carlos Drummond de Andrade - Para sempre

Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.

Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.

domingo, 23 de março de 2014

No caminho da montanha

Certa vez, durante o início da ascensão da pedra da mina, um pico localizado na divisa entre os estados brasileiros de Minas Gerais e São Paulo, encontrei um casal de jovens que fotografavam a montanha à distância. Conversavam alegremente e comentavam a sensação experimentada como se estivessem no cume daquele deslumbrante pico. Quando me viram com a mochila nas costas e caminhando determinado rumo ao pico, me disseram em tom irônico:

- Por que você vai caminhar até lá em cima se você pode se maravilhar e se contentar com a visão do pico daqui mesmo? Não é preciso se cansar para ter o mesmo prazer que estamos tendo agora. Você vai passar fome e sede, sem contar o imenso cansaço que irá lhe consumir o corpo.

O casal aparentava ter entre 20 e 25 anos. Suas roupas estavam limpas e perfumadas, e suas frontes, secas e isentas de suor. A palma da mão do rapaz era lisa e fina como papel de seda. Parei a caminhada, olhei profundamente nos olhos deles e disse:

- A visão lá de cima, por certo, é mais bela que essa que temos daqui. No entanto, o mais importante é exatamente o cansaço, a fome, a sede e as dores no corpo.

- Por quê? - perguntou-me a moça, que mudou seu semblante alegre para outro mais atento.

- Porque a felicidade está justamente em sofrer para poder vencer. A felicidade não se percebe de longe, mas só quando estamos dentro dela, embora não possamos vê-la, assim como não vemos uma nuvem se estivermos mergulhados nela. O cume não é o fim, é o meio. O fim é o caminho cansativo e tortuoso que nos mostra milhares de nunces que uma câmera fotográfica nunca terá condições de mostrar.

quarta-feira, 19 de março de 2014

Eduardo visita o Rio de Janeiro

Eduardo permaneceu sem atender clientes por uma semana. Precisava ordenar os pensamentos, trabalhar como uma pessoa normal, dormir noites inteiras, sentir a paz de suas caminhadas pelo campo. E conseguiu. Já se via um homem bem mais disposto. 

Ele nutria a ideia falsa de que sua segunda atividade profissional lhe trazia todos os problemas que ele tinha de resolver, mas os problemas que mais o afligiam vinham de dentro dele mesmo. Talvez sua escolha em vender companhia, afeto, atenção, fosse realmente uma forma de esgotar o vazio existencial que suas clientes experimentavam e trazer esse vazio sobre suas próprias costas, um fardo a mais para carregar pelo resto de sua vida. Quem sabe, assim como suas clientes, algum dia ele também pudesse se livrar daquela imensa carga emocional. Mas no fim das contas, ele sabia que desempenhava um papel importante. Conviver com sentimentos alheios lhe trazia uma medida mais sensata sobre a razão pela qual os humanos vivem tantas incongruências em suas vidas afetivas.

Finalmente, numa sexta-feira bem cedo, Eduardo tomava o rumo da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Uma mulher muito sentimental esperava por ele. Cátia era uma carioca bem parecida com as outras cariocas para quem a visse correr, todas as manhãs, no calçadão de Ipanema. Pele morena, cabelos castanhos escuros, corpo bem delineado apesar de seus 40 anos de idade. Nunca se casou. Desde menina, vivenciara os desencontros de seus pais, a amargura de sua mãe que, vinda do interior, sempre depositara esperanças num marido que, apesar de atencioso, gostava da boemia. Ela assimilou, com isso, a ideia de que os homens eram "malandros dedicados a enxugar todos os prazeres que as noites nos bares da Lapa pudessem oferecer", como ela mesma diz. Para Cátia, o casamento é o ápice de uma relação que se inicia a toda velocidade, mas termina se arrastando no acostamento, lenta, doente. Percebia os sentimentos dentro de si, como verdadeiras torrentes que jorravam do coração, mas não tinham onde desaguar. Ela sempre ouvira dizer que isso era coisa de "gente quadrada", mas não conseguia ser como as outras mulheres. Mal sabia ela que muitas mulheres procuram ocultar dentro de si os sentimentos por uma questão de sobrevivência e aceitação no meio social.

Assim, Cátia conheceu alguns garotos de programa. Saiu com três deles. Uma perda de tempo! Os rapazes eram bons demais na cama, mas ela não podia conversar assuntos mais sutis com eles, pois eles não entendiam nada que fugisse de riqueza material, do fruto insaciável do capitalismo. Ela procurava algo mais que sexo. Procurava companhia, uma risada sincera, um parceiro para caminhada. Preferiu varrer as salas de bate-papo, o facebook, mas sem intenção de estar com alguém fisicamente. Foi por estas idas e vindas na internet que conheceu Eduardo. Ele não se apresentou como um acompanhante executivo, pois se conheceram pelo facebook. Eduardo tinha vários perfis, que, com a devida triagem, traria ou não a mulher para seu perfil oficial em que se apresentava como profissional em relacionamentos.

Conversaram por várias madrugadas até Eduardo lhe contar o que fazia para ganhar a vida. A moça, já calejada em ouvir histórias de tragédia e de sofrimento pela internet, se fez de cética e pediu o perfil do rapaz. Ele deu. Ela decidiu se jogar mais uma vez daquele encantador despenhadeiro cheio de espinhos, mas também de sândalo, porque parecia ver algo mais que sexo naquele homem diferente.

Saíram num fim de outubro qualquer. Cátia viu em Eduardo um marido perfeito. Ele disse-lhe que, apesar de ele acreditar que ela via nele um marido perfeito, ele desempenhava o papel de um ator durante os encontros. Sempre atencioso, educado, inteligente, conhecedor de arte e de lugares inesquecíveis, potente na cama. Perfect! Mas o michê a alertava que ela não atravessasse a linha que ambos desenharam no chão com um giz. O limite entre a fantasia e a realidade seria transposto com lágrimas e sofrimento. Não valia a pena. Ele já tinha perdido no amor, e não queria mais carregar a angústia de ter de se dar a uma mulher sem mesmo saber mais quem ele mesmo era. Estava na vida apenas para se redimir das culpas pretéritas e para tentar oferecer às "suas" mulheres, o que ele imaginava ser um amor perfeito.

À medida que ele descia a serra das araras, o cheiro de sal entrava sutil e furtivamente pelo vidro parcialmente fechado do carro e o clima esquentava anunciando a proximidade da cidade maravilhosa. Ele chegou à zona sul, se instalou no Ipanema Plaza, almoçou e resolveu passear pelas areias da praia depois de atravessar a movimentada Vieira Souto. Há alguns anos ele se despedia para sempre de um grande amor naquelas mesmas areias. Ele pensou nisso e um rasgo de tristeza passeou pelos seus olhos frios.

Ele estaria com Cátia naquela noite. Ansioso por se ver naqueles olhos brilhantes da mulher com quem passaria  noite, mas receoso por estar de novo naquela cidade que tanto lhe deu, mas tanto lhe cobrou.

segunda-feira, 17 de março de 2014

Se te amo...


Não me inquiras se te amo! Deixes que meus gestos, minhas atitudes, e até minhas palavras te permitam ter mais certeza do que sinto, ao invés de lhe responder à tua pergunta. Deixe que os momentos que passamos juntos digam por si sós mais do que um simples “sim”. Pois quem ama, meu amor, não demonstra seu amor tão somente ao ser interrogado, mas a todo o momento que está com a pessoa amada.

Mas se te apraz ouvir um “Amo sim, meu amor” toda vez que me perguntas, então que continues a me inquirir; pois a minha resposta é tão somente uma das formas de te mostrar o quanto gosto de ti, de teu amor.

Beijo quente. 

Apollo

sábado, 15 de março de 2014

Philip Dormer Stanhope - Frases célebres

"Até certo ponto, todo homem torna-se o que as pessoas com quem ele conversa normalmente são."


Philip Dormer Stanhope

segunda-feira, 10 de março de 2014

Conceituando...(6)


Impura, sinônimo de excesso, retrato do abuso desenfreado. Dizem que é o desejo incontrolável pelo sexo a ponto de abusar da moralidade.

Desejo incontrolável?  Hummmmmm

Beijo...


Apollo

domingo, 9 de março de 2014

Dia internacional da mulher


Um rosto, um olhar feminino, uma alma sempre pronta a aprender. A ela foi dada a graça de gerar vidas em seu ventre. A cada semana do mês, ela se transforma e renasce ao fim de um ciclo lunar. Sua força e energia brota dos olhos; e de frágil, esse sexo não tem nada. Sou um eterno admirador de sua magia, mulher, pois em teu colo repousei minha fronte pela primeira vez e em tuas mãos entrego minha alma pequena e carente de seu amor por todos meus eternos dias.


Parabéns a todas as mulheres desse imenso planeta.

Esse dia é para sempre junto a tuas potencialidades. Parabéns!!

Apollo

quinta-feira, 6 de março de 2014

O prazer proibido #2

Mariana estava se acostumando com a ideia de ter dois vizinhos que mexiam com seus desejos femininos. Mantinha sua rotina normal, cuidava de seus afazeres domésticos, criava sua filha de 7 anos. Os jovens vizinhos de Mariana estavam se adaptando à vida na cidade. Criados na roça, eram filhos de um lavrador e de uma cozinheira, os quais lutaram a vida toda, mas recebiam um salário mínimo de aposentadoria. A vida sofrida era rotina para os pais de Giovani e Jorge. Dois anos antes, perderam uma filha para a leucemia e decidiram mudar-se para a cidade porque a pequena choupana na zona rural daquela mesma cidade trazia amargas lembranças ao casal de idosos.

Certa noite, quando Mariana e seu marido chegavam em casa, foram cumprimentados pelo casal de idosos, que disseram em tom cordial:

- Somos seus novos vizinhos, se precisarem de alguma coisa estamos à disposição.

Como resposta, Mariana e o marido sorriram e iniciaram pequena conversa com os novos vizinhos. Já em casa, comentaram entre si acerca da simpatia do casal de idodos. Aquela noite transcorreu tranquila. As coisas pareciam voltar ao lugar de novo.

Alguns dias depois, Mariana foi chamada às pressas. O Sr. Prudente, seu novo vizinho estava passando mal e precisava ser levado às pressas ao hospital. Como ele não tinha carro, Dona Maria foi pedir a Mariana que a atendeu imediatamente. Já no hospital, o Sr. Prudente já havia sido atendido, mas ficaria em observação por umas horas. Dona Maria pediu que Mariana avisasse a Jorge que trouxesse uma blusa para ela no hospital, porque a temperatura caía com a chegada da noite. Mariana disse que assim faria e acrescentou que traria o casaco para ela, porque o hospital era longe.

Mariana bateu a porta da casa de Dona Maria. Depois de 2 batidas, Jorge atendeu. Mariana, que tentara inutilmente se preparar para conter qualquer indício de tesão fora de hora, olhou o rapaz naturalmente e deu o recado. O rapaz convidou-a a entrar, e sem saber porquê, aceitou o convite e entrou na sala. Enquanto o rapaz foi buscar o casaco de sua mãe, Mariana começou a ouvir um barulho de respiração vindo do quarto. Como ela ainda não ouvira o barulho dos passos de Jorge se aproximando e assim denunciando seu retorno, a curiosidade da moça falou mais alto e ela esgueirou-se até a porta do quarto que estava entreaberta e viu Giovani dormindo na cama, só de cueca. O membro do rapaz, mesmo flácido, era grande e ocupava toda a frente da cueca. Ela arregalou os olhos e ficou observando extasiada. Nem se deu conta de que Jorge retornara à sala e lhe vira em plena espionagem.

- Você gosta do que tá vendo? Murmurou Jorge, sensualmente.

Mariana deu um pulo de susto e bateu o braço na porta do quarto acordando Giovani. De repente ela se viu diante dos dois rapazes, um deles vestia apenas uma cueca e Jorge havia vindo do quarto sem camiseta, só de shorts. Mariana começou a gaguejar, visivelmente trêmula, enquanto Giovani, o mais tímido tentava acalmá-la. Jorge, o mais malicioso, notava o que acontecia com Mariana e sorria satisfeito. Mariana estava no meio dos dois rapazes e foi tentar sair dali, mas quando fez o movimento, seu grande e firme bumbum tocou na cueca de Giovani. Ela sentiu o membro do rapaz que já não estava tão mole assim. Neste momento, Mariana já tinha perdido totalmente o controle emocional, mas o nervosismo passava a ser sua maior defesa. Para se afastar da cintura de Giovani, Mariana voltou-se de frente para ele, mas daí tocou a bunda no pênis de Jorge que já estava duro feito pedra e a pegou por trás dissimulando uma tentativa de acalmá-la. Ela sentiu aquele enorme membro roçando sua bunda e não resistiu ao dar um gemido. Aquela luta era injusta. Sua vagina derramava litros de prazer e ensopava toda sua calcinha. Curioso, Giovani lhe perguntou:

- O que está acontecendo Dona Mariana? Meu pai está bem no hospital?

- Papai está ótimo, mano – disse Jorge – quem não está muito bem é a Dona Mariana.

- Eu preciso ir embora – disse Mariana, com certa dificuldade.

- Mas ainda não encontrei o casaco de minha mãe. – respondeu Jorge.

- Então o encontre logo. – falou Mariana, aflita.

Enquanto Jorge sumia pela penumbra da sala, Mariana sentou-se no sofá e olhou Giovani que a observava ainda meio confuso com as recentes ações dela. Ambos trocaram um longo olhar e Jorge chegou finalmente trazendo o casaco. Ela foi levantar-se e se viu entre os dois de novo, muito próximos a ela. Deu um suspiro fundo, e tomou o caminho da porta, mas no caminho deixou sua mão propositalmente tocar o pênis de Giovani que entendeu a intenção da mulher.

Ela foi dirigindo seu carro sentido ao hospital e pensando que o próximo encontro entre eles poderia acontecer algo que ela se culparia pelo resto da vida, mas que lembraria com muito tesão também pelo resto da vida. Ela estava cansada de lutar contra uma força que era muito maior que ela. Nem que fosse apenas uma vez, ela iria se ver de frente com a verdadeira Mariana. Chegando no hospital, até achou engraçado que depois daquele momento extremamente excitante em que ela não teve coragem de externar todo sua feminilidade sexual reprimida, tivesse começado a pensar em ter essa coragem numa situação futura.

[continua]