quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Halloween

Considerada a bruxaria moderna, a religião Wicca encontra cada vez mais adeptos que preferem ser chamados de ‘wicca’ mesmo, termo que deu origem a witch (bruxa, em inglês). A palavra significa dobrar, ou seja, mudar os acontecimentos, uma das funções da magia. A bruxaria teve início há mais de dez mil anos, mas caiu no ‘esquecimento’ e ressurgiu por volta da década de 40 com o nome de Wicca.

Ao contrário do que muita gente imagina a Wicca não prega o satanismo nem o sacrifício de animais. Tem a intenção básica de cultuar e proteger a natureza, com a finalidade de trazer harmonia para o universo. Sua divindade principal é uma Deusa, representada pela Lua e pela Terra.
É possível aos iniciados frequentar os rituais conhecidos como sabbats. Cada um celebra as mudanças das estações, que representam o amor e o renascimento.
O Hallowen é um deles. Na verdade é uma forma de recordar a festa dos povos celtas da Irlanda, Reino Unido e norte da França que festejavam o fim da colheita de verão e o início do Ano Novo. O nome Samhain, que mais tarde se tornaria Halloween, também era conhecido como Dia das Almas, em que acontecia o encontro do mundo espiritual e material.

Por volta do século XIX, a celebração chegou aos Estados Unidos após a imigração dos irlandeses. O hábito foi incorporado à população americana que, baseados na tradição irlandesa e inglesa, começaram a usar fantasias e ir às casas para pedir comida ou dinheiro, uma prática que mais tarde se transformou no “trick-or-treat” infantil de hoje.
Entre as bruxas, a festa é realizada sempre no campo. Quando não se consegue comemorar em um campo aberto pode-se fazer em casa mesmo. Abra as janelas, acenda as luzes, prepare algumas comidinhas e coloque as ferramentas, como o caldeirão, a colher de pau, o punhal, entre outros, e mencione os encantamentos e ‘feitiços’, mas tudo para o bem.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Ai que saudade d'ocê

Ai que saudade d'ocê...




♩♫Faz tempo que eu não te vejo
Quero matar meu desejo
        Te mando um monte de beijo
     Ai que saudade sem fim ♩♫

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Reporting...



Relatos de Apollo: relatando as ilimitadas formas de se amar.

Não se imprime limite ao que não se contém num recipiente. Não se escraviza com o tempo o que é eterno. Não se rebaixa à sordidez humana o que é elevado às alturas do incompreensível. Amor, amar. Até que a eternidade se torne apenas amor.



Apollo

O amor não é complexo


Não! O amor não é complicado.

É nosso orgulho que faz com que a manifestação do alto apreço que temos por nós mesmos, essa ridícula soberba que nos toma o brio nos impeça de amar com mais pureza de alma.

É nossa vaidade que permite o que é vão, inútil, sem solidez. Que causa essa horrenda fatuidade, esse sentimento de grande valorização que temos por nós próprios tornam uma relação inaceitável por isso ou por aquilo.

É nosso egoísmo, é nosso amor indefinível a nós mesmos e aos nossos interesses particulares que impedem que compartilhemos uma vida em comum, apesar das divergências naturais do caminho.

É importante e fundamental combatermos nossos inimigos interiores. Só assim veremos o amor como um 1+1 e não como uma equação insolucionável.

Beijo quente!


Apollo

Nossas próprias razões

Se cada um faz o que mais lhe aprouver, ele tem seus motivos em fazê-lo. Então ações se originam de motivos? Sim, quase sempre.

Erros, acertos, dúvidas, medos, loucuras... Tudo advém de uma razão.

Posso afirmar que até mesmo amar uma mulher tem uma razão. Mas essa razão nasce  dentro de nossa alma por conseqüência de outra razão maior. Então temos uma razão filha de outra razão. Até que possamos chegar na raiz de tudo. Quem é essa raiz?

Responda você mesmo. Chame-a de Inteligência Primordial, de Deus, de Acaso, de Zeus. Não importa. Nada irá mudar a imutável lei da ação e reação.

Eis que todos têm suas próprias razões.


Beijo quente!



Apollo

sábado, 26 de outubro de 2013

Incidente com Dalila - II

Dalila não conseguia harmonizar-se com o sono, mesmo a madrugada já correndo alta. Suas meditações eram confusas. Pensava no dia que passaria ao lado de Fernando, no que tinha acontecido há poucas horas. Tentou inutilmente fixar o pensamento em coisas amenas para adormecer. Impossível! Decidiu fazer planos. Pensou sobre o futuro ao lado de Fernando [esse pensamento rotineiramente já habitava boa parte do tempo da moça]. Planejava casar-se com ele, já que praticamente moravam juntos, ter um filho do homem de sua vida, abrir uma pequena empresa. Uma coragem indefinível sempre foi o suporte principal de sustentação da personalidade de Dalila, e ela sabia disso, mesmo que momentos de decepções e desânimos momentâneos acontecessem em sua vida ainda que fossem extremamente menores que seus momentos de positividade. Seus pensamentos corriam bem até que se lembrou novamente do excitante acontecimento. Teve vontade de chorar por se sentir atraída a algo tão abjetamente reprovado pela sociedade. Rapidamente abriu o lap top e acessou um site qualquer para mudar o rumo de suas reflexões.

Os galos cantavam aqui e ali, anunciando o encanecer do dia. Ela pensava no acontecido, na culpa de ter excitado e molhado a calcinha involuntariamente. Um absurdo daquela dimensão não poderia passar de uma completa casualidade de dois toques e um beijo dado praticamente na boca entre duas amigas, à despedida. Levantou-se e tomou um demorado banho e deitou-se novamente. Fernando chegaria em breve.

Sentada à beira da cama, ela olhou para o seu homem que estava deitado sonolento. Com o olhar de quem queria algum carinho, ela o esquadrinhava demoradamente. O rapaz media o olhar da moça e estudava as variações que iam se sucedendo em seu semblante. Nenhuma palavra era dita. Silêncio total, mas os olhos gritavam entre si prorrompendo o mutismo das palavras.

Ela trajava apenas uma pequena calcinha vermelha. Seu corpo esguio, pele demoradamente morena, seios redondos e cheios, cabelos lisos sobre o meio das costas. Seus olhos imploravam prazer. Um prazer que foi despertado ainda durante a noite anterior, que foi maturado por toda uma noite e que explodiria ali, dentro em pouco, mas com o namorado e não com Débora. Dalila tinha um jeito muito intrínseco de posicionar os dedos na boca, trazendo os braços colados sobre seu tórax, numa inútil tentativa [talvez] de proteger seus seios do olhar de Fernando.

Ela ainda se sentia tomada pelo estranho arrepio havido com Débora, mas estaria na cama com seu namorado dali a momentos. Um estranho paradoxo para ela. Seu namorado a observava já tomado de vontade de tomá-la. O rapaz, que julgava saber os propósitos de sua namorada, jogava com ela um sedutor jogo de olhares, onde o resultado, dali a pouco, seria a cama se arrastando lentamente pelo chão, aos poucos, aos trancos.

Possuída por um violento impulso, ela lentamente abaixou o corpo em direção a Fernando e passou a tocar com a boca o pênis do rapaz que vestia um calção. Ela notou que o membro dele já estava duríssimo. Daquele toque seguiram-se outros. E o fogo que rotineiramente consumia a ambos, assim o fez mais uma vez.

Após se fartarem de prazer, tomarem banho juntos e saíram. Foram à padaria tomar café da manhã. Famintos, comeram broas de milho, pães de queijo. Fernando preferia café quente, Dalila tomou seu suco de laranja de sempre.

De certeza, Dalila tinha bem poucas: que sua vida estava sendo bem vivida, que não lhe faltava amor, que ela tinha sonhos a serem realizados. E que agora havia uma outra pessoa em quem ela pensava e que lhe confundia os pensamentos e os hormônios: Débora.

[continua]

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Incidente com Dalila - I

Fernando estava trabalhando. Dalila, sua namorada, recebeu a visita de uma amiga de infância naquela noite. Ambas se encontravam esporadicamente e desde a última vez que se viram, passara-se 2 anos. Débora, uma bonita mulher de 22 anos de idade, havia rompido com o namorado naquele dia, pela manhã e então foi à casa de Dalila para se amparar. Coisa de amigas. Dalila a recebeu na porta e convidou-a a ir diretamente ao quarto, já que estava fazendo as unhas e que Débora era “de casa”. Serviu um delicioso suco natural de manga gelado e foi ouvir a amiga enquanto terminava as unhas. Conversaram longamente. Débora falou de seu namoro, do fato que motivou o fim da relação, dos seus medos, de suas dúvidas. Vinha aprendendo com a vida há vários anos, mas em certos momentos parecia que não assimilara nada, porque frequentemente deparava-se com situações inesperadas e ainda não vividas, as quais faziam de Débora uma mulher mais experimentada, mais dona de si e menos uma mera parte da imensa massa de pessoas que já não se espantava com o amor, com os pequenos momentos de alegria, com a paz que tanto a contagiava. Mas, infelizmente cada aprendizado era precedido por certa dose de sofrimento. Não lhe parecia justo sofrer, muito menos por conta do fim de seu namoro.

Dalila tinha 25 anos, havia saído de casa com 19 e foi morar num pequeno quarto e sala no centro da cidade. Havia aprendido muito desde que ficou “sozinha” no mundo. Parecia haver amadurecido dez anos em dois. Dona de uma pele morena, ela tinha um semblante belo e sereno. Suas amigas ambicionavam seu comportamento equilibrado, centrado, localizado sobre os eixos. Talvez fosse por isso que vinham falar-lhe quando as coisas não iam bem, e vez por outra, ainda emprestava-lhes algum dinheiro. Ela não se aborrecia caso alguma delas não a pagasse. Ela tinha seus métodos práticos, eficientes e um jeito comedido de alcançar seus objetivos. Cobrar os empréstimos “esquecidos” era um deles.

A conversa corria longa e em alguns momentos mais graves havia uma ou outra troca de abraços fraternos, alternados por palavras confortantes. Foi então que Débora tocou a perna desnuda de Dalila, que vestia apenas uma camisa do namorado. O toque foi rápido, mas despertou um estranho desejo em Dalila. Débora percebeu seu olhar. Um estranho sentimento apossou-se das duas, mas elas mantiveram o comportamento cordial e ameno, como que numa tentativa de se desculparem mutuamente e se esquecerem daquele fato embaraçoso. A conversa continuou num tom menos impessoal. Parecia que alguma peça de um quebra-cabeças completo soltara-se pela força de uma repentina rajada de vento. Os olhares trocados estavam mais quentes e penetrantes, mas as palavras ditas davam a entender a quem tivesse a oportunidade de ouvi-las, que o assunto debatido era sério e merecia respeito e atenção. Quando Dalila foi colocar o copo que havia tomado o suco sobre o criado-mudo, tocou o cotovelo, sem querer, no seio de Débora que discretamente apertou-o contra o cotovelo da amiga, num ato inconsciente. Então o clima pesou definitivamente. Não houve remédio a não ser Débora ir embora.

À hora da despedida, ambas se beijaram na face, mas suas bocas chegaram a se tocar. Nem houve tempo para que cada uma das duas se espantasse com o retrato do desejo insculpido em seus rostos que, como que por obra de um autor sobejamente laureado, foi permitido que aquele subitâneo desejo inédito chegasse para fazê-las saber que suas experiências vividas até ali não eram suficientes para definir ou dimensionar o calibre do que estava acontecendo.

[continua]

sábado, 19 de outubro de 2013

Em chamas


Sua vida quase desvaneceu pela sua boca em chamas que clamava por mais prazer e sentia as imensas vibrações que seu corpo inteiro experimentava. Suas mãos esmagavam impiedosamente o pobre lençol já revirado pelos sucessivos atos de prazer já experimentados. Seu suor brotava abundantemente e seu prazer vinha novamente...

Exausta, ávida por mais orgasmos.

Insights - Parte 9

É importante o amor. É sapiente amar. Talvez o mais nobre dos sentimentos se conjuga de forma diferente em dimensões diferentes. Em nosso mundo, em nossa vibração peculiar, penso que nossa soma é sempre igual a uma equação indecifrável.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Insights - Parte 8

O tênue equilíbrio torna-se facilmente êxtase na medida em que as raras proporções se transformam em nítidas possibilidades.

Viagem de negócios

A gerência do escritório solicitou-me que eu vá a uma cidade aqui perto, à trabalho. Lá tem clima ameno, bons restaurantes com ótimos vinhos, clima romântico e tudo que uma cidade turística deva ter, enfim. Cidade turística de 43 mil habitantes.

Vamos segunda e voltamos quarta. Vamos? Voltamos?

Claro, esqueci-me de dizer: vou levá-la comigo. Quando ela soube ficou feliz como uma menininha. Adoro esse sorriso ingênuo e puro dela. Ela me disse que vai levar calcinhas perfumadas e camisolinha sexy. O prognóstico é bom. Essa viagem de negócios será mais interessante que eu imaginava.

Na volta dedicarei um post todo sobre a viagem.

Boa tarde chuvosa... beijo quente!



Apollo

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Chuva e energia

Essa tarde está bastante convidativa a injetar palavras no papel, aliás na tela do note. A chuva cai torrencialmente lá fora e pelo lado de dentro da janela eu espreito a rua deserta, molhada, vazia.

Esses momentos sugerem reflexões.

Tirei folga no trabalho hoje, ou melhor, deram-me folga. Trabalhei demais na semana passada e nesta agora o chefe decidiu conceder-me um dia inteiro nos braços do ócio. Confesso que adoraria que estivesse ensolarado, apesar de eu preferir dias sem sol. Afinal essas folgas são tão raras como o cometa Halley e a chuva me mantém inexoravelmente dentro do quarto, ao computador, escrevendo, deletando.

Logo mais vou ao bar. Pessoas de vários matizes, movimento, vida, energia. O amor não pulsa sem energia.

Um brinde à noite que se espreita.

Beijo quente!



Apollo

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Doce etéreo

A que dia sua respiração se findará? Em que minuto sua alma fugirá opressa do corpo doente e intangível? Que sua sorte seja a mesma que a minha. 

Sofra, chore. Só assim crescemos e nos tornamos mais de nós mesmos e menos de nosso monstro interno que insiste em crescer em águas mansas. Só a tempestade pode trazer de volta o doce etéreo que um dia habitou nosso pequeno planeta. O sofrimento ergue o corpo, o corpo ergue a alma.

Até que um dia o corpo físico lhe parecerá tão pesado que valerá a pena escapar dessa densa prisão e volitar mansamente em meio ao éter indefinível e restaurador.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Reflexões...

Temos medo de nossa coragem. Cremos que se pularmos no abismo, podemos alcançar seu fundo e morrermos, ou não alcançar o fundo e cairmos eternamente. 

No entanto, ainda existe a vontade de pular, pois estamos errados. Existe vitória possível. O abismo pode ser tão raso quanto nosso medo. 

Mesmo que seja profundo e quedarmos, a própria derrota é vitória no futuro.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Em paz...

Cheguei hoje de manhã de viagem. Desci de Monte Verde no fim da tarde de ontem. Os raios do sol entravam pelo vidro do carro já extirpados pela escuridão da noite que os ameaçava. Contornei cada curva da sinuosa estrada em velocidade morosa. O sabor do vento me tomava a face e tinha cheiro das árvores que margeiam a estradinha cravada na serra da Mantiqueira. A paz, nesses momentos, tem ares de eternidade. Talvez, em algum desses momentos, alguma lágrima de agradecimento a Deus tenha caído sem que eu me apercebesse. Se felicidade é outra coisa, dispenso-a. Esses momentos felizes são para mim suficientes.

No caminho de volta, pensei em visitar um velho amigo. Ele estava lá, sentado à soleira da varanda, como sempre, no início de cada noite quente da recém-chegada primavera. Um velho sábio que resolveu viver sozinho em meio à mata. Jantamos com um bom vinho e conversamos sobre os mistérios de pequenos momentos de paz. Aprendi com ele sobre perdoar a nós mesmos, sobre a culpa que ninguém carrega por mais que tenha errado. Aprender demanda erros. O acerto nada mais é que a lição aprendida com o erro. Os perfeitos não seriam assim se não fosse o indispensável erro.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

O sonho (relatando o sonho)

Não sei bem ao certo onde minhas escolhas estão me levando. Duvido veementemente de quem assegura que o sabe. Temos apenas as pretensões mais sacrossantas. E só. De resto, estamos no campo das probabilidades. Sei que nossa percepção do mundo e nosso senso crítico podem minimizar resultados desastrosos. Mas mesmo assim existem as más possibilidades. Se vai dar certo ou errado cabe a variáveis que constantemente nos escapam ao controle absoluto. Escolher o que nos trará o bem e a felicidade. Somos assim.

Se for possível acalentar desejos, seria também possível possibilitar que os desejos sejam realizados apenas em nossa imaginação? Com tantos sonhos penso que eu teria, de fato, a necessidade de tornar real o que agora é apenas intenção. Os sonhos podem significar o prenúncio de nossa vontade. Na verdade, esse foi o meu caso. 

Em 27 de agosto de 2013 publiquei um post chamado “O sonho”. Prometi conta-lo aqui. Enfim vou fazê-lo porque preciso cumprir os compromissos que assumo com mais rapidez aqui no blog.

Sonhei que estava sentado à mesa de uma simples cozinha, mas cuidadosamente decorada. Percebia-se o toque feminino nos detalhes. A toalha de mesa, os imãs na geladeira, o pano de prato cuidadosamente pendurado na parede. Ouvia-se uma suave música vinda da sala e o cantarolar feminino acompanhando a melodia. Olhei sobre o fogão e o almoço já cheirava.

Então eis que aparece aquela a quem amo, carregando consigo um filho em vias de nascer. A barriga protuberante anunciava o fim da gestação. Eu mal podia acreditar que ela estava grávida. Ainda cantarolando, ela se chegou próximo a mim, sorrindo, tocou meus lábios com os seus e foi para o fogão. A barriga lhe atrapalhava um pouco o desenvolvimento de sua atividade, mas ela pouco se importava. A felicidade estava impressa em sua face.

Eu estava maravilhado com aquela paz, com a atmosfera que nos envolvia. Eu seria finalmente pai de um filho dela, e estávamos em nossa simples casa vivendo a dois, e em breve, a três.

Ela terminou de preparar um almoço leve e pusemos a mesa juntos. Foi nesse momento que, muito a contragosto, mas incapaz de determinar a continuação de momentos tão especiais, acordei.

Maravilhado com o que sonhara continuei a pensar no sonho ainda de olhos fechados. Passei uns bons dez minutos assim, encantado, e de certa forma constrangido por ter acordado. O que era necessário seria tirar o lado positivo de tudo aquilo e esquecer o fato de não ter podido sonhar com o desfecho. Sabia que era besteira me aborrecer assim, feito criança alijada de repente de seu brinquedo favorito.

“Que bobagem!” Pensei comigo mesmo quando abri os olhos preguiçosos... 

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

No quarto

O desejo tomava-lhe o corpo com a velocidade de um raio. Ela estava estendida sobre a cama, olhos fechados, corpo contorcido, pernas trêmulas... Seus dedos tocavam-lhe o próprio sexo e os murmúrios traziam palavras desconexas saturadas de tesão. Simplesmente não lhe ocorriam pensamentos: apenas o desejo irreprimível de gozar infinitamente. 

O sexo tornara-se importante para ela. Quando não estava com o noivo, que viajava sempre à capital para administrar os negócios, ela se fartava com o prazer proporcionado por ela própria na gana de se manter lúcida. A vida para ela era o amor, o tesão, as lembranças... Necessitava do fogo que lhe consumia para perceber que os dias podem ser mais amenos em conseqüência da maior força que toma todos os seres vivos: o sexo. Ela sabia manipular os toques, e onde explorar para que o orgasmo sobreviesse devastadoramente. Prendendo um grito mais alto, ela se contorceu forte e quedou-se com o corpo entregue, vencido. Suas pernas tremiam compulsivamente. Enfim ela voltava ao planeta que habitava rotineiramente. Mas tudo que ela via durante o orgasmo, ela nunca esqueceria, pois aquele mundo lhe pertencia – era só dela.

Conceituando... (2)


O dicionário diz isso, mas eu vou muito além. Talvez a dificuldade de definir o amor numa palavra, ou mesmo numa mera frase metalinguística, sejam também ingredientes que tornam o chamado por mim de "Sentimento Maior" tão amplo e circunspecto, complexo e simples, indecifrável e transparente, temível e desejável.

Amor, amor...

Beijo quente!

Apollo

Planos



Estamos programando uma viagem juntos. Cidadezinha cravada na serra, chalé de madeira, cama quente e confortável. Um dia e duas noites.

Acho que pode ser bem interessante.



Apollo

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Olhares

Eu sinceramente gostaria muito de saber o que leva as mulheres a olharem com mais ímpeto, os homens que se fazem acompanhados numa dada situação. Sinto-me encurralado por esses olhares famintos e perscrutadores daquelas caçadoras sedentas de amor e sei lá mais o que. Minha namorada as espreita, e com o rabo de olho, procura a direção do meu olhar. Um jogo de olhares trocados em poucos segundos. 

Com muita naturalidade, porque já sei que isso é um comportamento feminino natural, puxo a cadeira para minha acompanhante. Ela senta-se, ajusto seu assento e por fim, sento eu. Os olhares continuam...

- Estou para morrer de ciúmes.

- Não precisa, querida. Elas já estão se roendo de ciúmes de você.

- Não tolero que olhem meu homem.

- Não se trata de tolerar, se trata de você. Se eu estivesse sozinho, não estaria causando esse frisson todo.


Porque as mulheres são assim? Seria pelo mesmo fato de os homens também o serem?