terça-feira, 8 de outubro de 2013

O sonho (relatando o sonho)

Não sei bem ao certo onde minhas escolhas estão me levando. Duvido veementemente de quem assegura que o sabe. Temos apenas as pretensões mais sacrossantas. E só. De resto, estamos no campo das probabilidades. Sei que nossa percepção do mundo e nosso senso crítico podem minimizar resultados desastrosos. Mas mesmo assim existem as más possibilidades. Se vai dar certo ou errado cabe a variáveis que constantemente nos escapam ao controle absoluto. Escolher o que nos trará o bem e a felicidade. Somos assim.

Se for possível acalentar desejos, seria também possível possibilitar que os desejos sejam realizados apenas em nossa imaginação? Com tantos sonhos penso que eu teria, de fato, a necessidade de tornar real o que agora é apenas intenção. Os sonhos podem significar o prenúncio de nossa vontade. Na verdade, esse foi o meu caso. 

Em 27 de agosto de 2013 publiquei um post chamado “O sonho”. Prometi conta-lo aqui. Enfim vou fazê-lo porque preciso cumprir os compromissos que assumo com mais rapidez aqui no blog.

Sonhei que estava sentado à mesa de uma simples cozinha, mas cuidadosamente decorada. Percebia-se o toque feminino nos detalhes. A toalha de mesa, os imãs na geladeira, o pano de prato cuidadosamente pendurado na parede. Ouvia-se uma suave música vinda da sala e o cantarolar feminino acompanhando a melodia. Olhei sobre o fogão e o almoço já cheirava.

Então eis que aparece aquela a quem amo, carregando consigo um filho em vias de nascer. A barriga protuberante anunciava o fim da gestação. Eu mal podia acreditar que ela estava grávida. Ainda cantarolando, ela se chegou próximo a mim, sorrindo, tocou meus lábios com os seus e foi para o fogão. A barriga lhe atrapalhava um pouco o desenvolvimento de sua atividade, mas ela pouco se importava. A felicidade estava impressa em sua face.

Eu estava maravilhado com aquela paz, com a atmosfera que nos envolvia. Eu seria finalmente pai de um filho dela, e estávamos em nossa simples casa vivendo a dois, e em breve, a três.

Ela terminou de preparar um almoço leve e pusemos a mesa juntos. Foi nesse momento que, muito a contragosto, mas incapaz de determinar a continuação de momentos tão especiais, acordei.

Maravilhado com o que sonhara continuei a pensar no sonho ainda de olhos fechados. Passei uns bons dez minutos assim, encantado, e de certa forma constrangido por ter acordado. O que era necessário seria tirar o lado positivo de tudo aquilo e esquecer o fato de não ter podido sonhar com o desfecho. Sabia que era besteira me aborrecer assim, feito criança alijada de repente de seu brinquedo favorito.

“Que bobagem!” Pensei comigo mesmo quando abri os olhos preguiçosos... 

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