segunda-feira, 27 de maio de 2013

Rememorar

         Vou te encontrar na noite de amanhã, pois sei que seu amor é companheiro e amigo, porque sabemos que nossos caminhos se beijaram no início de um outono qualquer. Lembro-me bem daquela época em que íamos passear nos fins de tarde, tendo os ventos frios do sudoeste por testemunhas de nossas promessas mais sinceras. Até hoje você relata-me com particular alegria sobre nosso passeio àquela cidade circundada por montanhas, onde nos hospedamos em pequeno chalé. Naquela noite, o frio intenso foi atmosfera indescritível para nossa conversa à beira da lareira, comendo o fondue que você mais gosta, rindo e ouvindo boa música. Naquela noite, nos amamos com a ternura de tantas outras vezes, mas, como sempre, nosso amor fluía como se fosse a nossa primeira vez juntos. Na manhã seguinte, o café na cama, a paisagem doce, mas melancólica, as montanhas imponentes, mas mudas, só nos observavam, só nos perscrutava a vontade louca e constante de vivermos juntos para sempre.

Nenhum comentário:

Postar um comentário