Vou
te encontrar na noite de amanhã, pois sei que seu amor é companheiro e amigo,
porque sabemos que nossos caminhos se beijaram no início de um outono qualquer.
Lembro-me bem daquela época em que íamos passear nos fins de tarde, tendo os ventos
frios do sudoeste por testemunhas de nossas promessas mais sinceras. Até hoje
você relata-me com particular alegria sobre nosso passeio àquela cidade
circundada por montanhas, onde nos hospedamos em pequeno chalé. Naquela noite,
o frio intenso foi atmosfera indescritível para nossa conversa à beira da
lareira, comendo o fondue que você mais gosta, rindo e ouvindo boa música. Naquela
noite, nos amamos com a ternura de tantas outras vezes, mas, como sempre, nosso
amor fluía como se fosse a nossa primeira vez juntos. Na manhã seguinte, o café
na cama, a paisagem doce, mas melancólica, as montanhas imponentes, mas mudas, só
nos observavam, só nos perscrutava a vontade louca e constante de vivermos
juntos para sempre.
Nenhum comentário:
Postar um comentário