Mariana era uma mulher casada,
muito respeitável e muito respeitadora. Tinha 30 anos de idade, bumbum grande e
firme, cabelos longos e avermelhados. Sua pele era muito alva e seus olhos,
tímidos, miravam sempre para baixo quando estava diante de um homem estranho. Dona de casa e
mãe de uma menina de 7 anos, ela era uma mulher simplória de uma cidadezinha de
interior. Seu esposo trabalhava na companhia de saneamento da cidade.
A vida transcorria perfeita para
a recém criada família. Refeições à mesa, passeios aos fins de semana, almoço
de domingo no restaurante. Seu marido era do tipo de homem romântico, mas à
moda dos interioranos. Machista velado, via em sua esposa a companheira dos
seus dias, mas não ousava muito quando o assunto era sexo. Sua esposa porém,
disfarçava o imenso apetite sexual que lhe imergira em sérias crises de remorso
por causa do prazer que tinha de disfarçar a duríssimas penas.
Numa certa tarde de sábado,
estacionou um caminhão de mudanças em frente à casa de Mariana. Era um casal de
idosos e mais dois filhos jovens; Giovani e Jorge. Quando Mariana abriu a
janela da sala deparou com um dos rapazes retirando uma pesada cadeira do
caminhão. Sem se dar conta, ela olhou o peito do rapaz, sua pernas e sentiu um
tênue líquido molhar-lhe a calcinha... Aquela velha onda de desejos lhe tomava
novamente. Até quando isso, meu Deus?
Uma horrível sensação de nojo de
si própria, de pecado, lhe extenuara as forças. Foi preciso ir ao chuveiro frio
e deixar a água levar consigo toda aquela ignomínia. Ainda gotejando prazer,
ela pensava nos jovens rapazes com o tórax nu, ombros largos, peito liso,
pernas firmes e sorriso branco. Sim, era uma luta injusta entre razão e instinto.
À noite procurou pelo seu marido na cama com certo furor. Comprazeu-se até onde pôde e dormiu em
seguida. Teve um amontoado de sonhos que não permitiram com que ela passasse uma
noite amena.
Sua luta parecia inútil frente ao
enorme tesão que mantinha guardado em quarto escuro, secretamente. Sua filha
brincava em frente sua casa numa manhã. Quando ela foi buscar a menina para
alimentá-la viu Giovani pela janela do quarto do rapaz, que se enxugava numa
toalha. “Ele está nu”, pensou ela com os olhos esbugalhados. Embora ela só
pudesse ver da cintura para cima do rapaz, através da janela, ela deduziu que
ele não vestia nenhuma peça de roupa, nem mesmo uma cueca. Um raio percorreu sua espinha. O irmão
do rapaz que estava à porta da sala instalando a campainha notou o espanto
daquela jovem senhora e sabia a razão daquilo. Muito preso aos prazeres da carne,
ele sorriu maliciosamente como que planejasse algo diabólico em seus
pensamentos.
[continua]
[continua]
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