quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Ensaio sobre o corpo de Amanda


Estou a olhar a pele morena, fresca, úmida, com cheiro de mulher. Não estou falando de cheiro do perfume feminino, mas sim da pele dela. Aquele cheiro que se compõe da sensualidade, da etnia, do estado emocional, do tesão exposto nos poros. A fragrância resultante dessa estranha mescla é um potente feromônio que me atrai intensamente. Ao me aproximar dela, percebo que seu corpo treme. Apesar de nunca ter podido tirar suas roupas, porque ela o faz antes que eu possa fazê-lo, tamanho seu desejo (ou apreensão, não sei ao certo). Depois de se despojar das peças que ficam expostas, se retém apenas de calcinha e sutiã, deita na cama e se vira de bruços. Imediatamente passo a admirar aquele corpo sem tocá-lo. Apenas olhando. Sei que ela aguarda o toque. Ela sabe que admiro seu bumbum com
uma devoção extremada. Propositadamente ela se deita e mexe sutilmente com o quadril levantando sua bunda e deixando-a ainda maior do que é. Suas formas curvilíneas sutis me tomam de desejo fora de medida. Tal qual duas montanhas que se avolumam e tomam conta de meu olhar, apaixonante. Quando ela desfila pelo quarto, olho disfarçadamente, pois lhe causa timidez meus olhos devoradores. Pena que ela não saiba que minha admiração pelo seu corpo é maior que ela poderia simplesmente supor. Ao andar, ainda de calcinha, o que, inclusive forma um conjunto inigualável de beleza e desejo, é difícil não perceber que o meneio de seu traseiro é lento, encantador, pulsante na minha vontade desmesurada de agarrar-lhe ferozmente e tombar-lhe o corpo no catre e encher-lhe de potentes estocadas até explodirmos juntos, mais uma vez em infinito orgasmo.
É um lindo conjunto: seu rosto, seu cabelos sedosos, lisos, seus seios arfantes e redondos, seu tronco, seu abdômen, seu umbigo ornado com pequena pedra, sua cintura fina contrastando com o quadril proeminente, sua virilha, isenta de qualquer pelo, quente, suave, doce, fulminante; suas pernas longas, macias, indefiníveis, seus pés que terminam aquela obra de arte.

Um corpo em que mergulhei repetidas vezes, em êxtase desorientador, com sofreguidão dizendo-lhe, durante nosso amor, que a amava, e lhe beijando seus lábios com violento carinho, arrancando-lhe pequenos gemidos ainda tomados de acanhamento e embaraço. Quando eu explodo em gozo, plangindo em seus ouvidos, ela se treme toda, entendendo o meu momento e como que me acolhendo dentro de seu corpo pela última vez.
Se não fosse meu sentimento por você, menina louca, nada em você teria sentido apesar de belo, seus beijos não seriam inebriantes, apesar de doces, sua voz de menina não seria uma música, apesar de melíflua, seu rosto não exalaria luz, apesar de encantador, e suas nádegas... não, não, elas não seriam mágicas apesar de lindas.







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