domingo, 30 de setembro de 2012

A tempestade nunca foi tristeza


Pensando bem, a tempestade nunca foi tristeza. Estive a pensar longamente sobre isso. E concluí que quando as nuvens fecham o céu, quando o sol se vai, o que fica é a possibilidade de se refazer. É a águia que quebra o bico na rocha para que outro nasça mais forte e ela possa viver mais outros tantos anos. É o aço que queda-se dentro do cadinho escaldante para que tome outra forma e se torne mais forte.
Necessário se faz buscar sempre. Somos nossos piores inimigos. Nossas fraquezas tornam-se evidentes em momentos de tempestades. Mas as forças que emergiram durante a tempestade anterior são úteis para dissipar essa última. É um ciclo de renascimento eterno. Incrivelmente a lucidez é maior durante as tempestades. Então seria preciso que eu tenha esses ciclos eternamente? Acho que um dia a lucidez da tempestade se fará presente em dias de sol. E a luz do astro maior enfim trará a sabedoria e a paz que só as nuvens são capazes de trazer nos dias de hoje.

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