Pensando bem, a
tempestade nunca foi tristeza. Estive a pensar longamente sobre isso. E concluí
que quando as nuvens fecham o céu, quando o sol se vai, o que fica é a
possibilidade de se refazer. É a águia que quebra o bico na rocha para que outro
nasça mais forte e ela possa viver mais outros tantos anos. É o aço que
queda-se dentro do cadinho escaldante para que tome outra forma e se torne mais
forte.
Necessário se faz
buscar sempre. Somos nossos piores inimigos. Nossas fraquezas tornam-se
evidentes em momentos de tempestades. Mas as forças que emergiram durante a
tempestade anterior são úteis para dissipar essa última. É um ciclo de
renascimento eterno. Incrivelmente a lucidez é maior durante as tempestades.
Então seria preciso que eu tenha esses ciclos eternamente? Acho que um dia a
lucidez da tempestade se fará presente em dias de sol. E a luz do astro maior
enfim trará a sabedoria e a paz que só as nuvens são capazes de trazer nos dias
de hoje.
Nenhum comentário:
Postar um comentário