Numa manhã
ensolarada de sábado, com o típico calor do fim de dezembro, Ricardo e Lenira
decidiram ir à praia. Eles haviam passado a noite juntos e adormeceram,
exaustos, na posição que se chama popularmente de conchinha. Ele acordou
primeiro, preparou uma bandeja com uma refeição leve e acordou sua amada com
beijos e carícias no rosto. Ela abriu os amendoados olhos ainda dominados pelo
sono pesado que havia tomado posse dela durante parte da noite, pois eles
haviam repetido inúmeras vezes o ato de se amarem sem medida e sem limites.
Olhou seu homem com ternura infinita e respondeu ao bom dia dele com a voz
entrecortada por um bocejo. Sentiu-se muito desejada e amada naquele momento
tão romântico que ela havia previsto e planejado em pensamentos inúmeras vezes.
Afinal, fazia seis meses que eles programavam aquele encontro que finalmente
havia acontecido. Ele havia vindo de Minas Gerais para encontrá-la no aeroporto
de João Pessoa depois de se conhecerem numa noite fria de julho. Lenira, com
seus 18 anos, há muito estava apaixonada pelo homem que lhe acalmava a alma,
que lhe permitia manifestar o amor de forma muito contundente e particular.
Ricardo via nela toda a alegria de estar com alguém. Fazer amor com ela era o
ápice da demonstração de seu sentimento. Durante aquele momento, eles fizeram a
primeira refeição do dia, entre risos, e ouvindo uma música calma que parecia
comungar com eles aquele momento de tanta paz. Eles sabiam que somente a
tranqüilidade é momento para se abrir os canais do espírito e deixar fluir o
amor.
Já vestidos,
saíram à rua, em direção à praia, abraçados, apaixonados, tendo a certeza de
que os dias que passariam juntos seriam memoráveis e pertenceriam a eles para
sempre. Lenira estava mais bonita, seus louros cabelos esvoaçavam ao vento
enquanto seu homem notava em seu olhar um lindo brilho que sabia ser uma divina
conseqüência de uma doce causa.
Já na praia,
Lenira viu suas amigas que imediatamente foram ter com ela, e conhecer seu
consorte do qual tantas vezes ela falou. Depois das devidas apresentações, elas
se retiraram para um canto da praia e comentavam a certa distância sobre o
rapaz que estava sentado na areia e deixava o vento atingir-lhe a face, e
sentia a paz que aquele momento lhe transferia. Sua vida estava mudando
definitivamente, e todos os últimos dias eram testemunhas de que ele estava
irremediavelmente apaixonado por aquela menina de 18 anos. A alegria que
brotava nela era o atrativo que lhe prendia ao jovem coração da garota, e lhe
fazia perceber que o amor tem mil faces, que o amor precisa ser vivido toda uma
vida para ser compreendido em apenas algumas nuances. Lenira deixou suas amigas
e se atirou nos braços de Ricardo que a acalentou e fez um carinho na testa,
beijou-lhe os lábios e disse que a amava.
O dia transcorreu numa velocidade alucinante, estando
os dois, ao fim do dia, novamente estirados sobre a confortável cama do hotel
onde estavam hospedados. Fizeram amor e experimentaram a energia inebriante que
o ato proporciona. Sabiam que o ato do sexo era apenas uma exígua manifestação
de uma das mais lindas facetas do amor. À hora do jantar, se aprontaram e foram
à casa de Lenira onde ele conheceria os pais dela, que naturalmente, queriam a
filha feliz e sabiam que sua felicidade significava estar ao lado daquele homem
vindo de tão longe, mas que sempre esteve tão perto do coração dela. Eles
perceberam que o comportamento da menina estava mais doce, que ela estava ainda
mais carinhosa com eles, e que o amor é a única coisa que valia a pena por toda
carga de sentimentos e sensações existentes no mundo.
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