São em manhãs como essa, ouvindo uma boa música,
olhando o horizonte recém iluminado pelo sol que percebo que a alegria pode vir
de repente, sem razão alguma, emprestar-me a vontade de explodir de felicidade,
também sem razão alguma. Conheço esse estado em que me encontro agora muito
bem, mas faz tempo que ele não vem assim. Foi só ontem e hoje. Vejo que a
rotina diária é insana e atrapalha enxergar com os olhos da alma.
Absolutamente ninguém tem a ver com a causa disso que me
acontece, acho que apenas os acordes de Vivaldi no inverno das Quatro Estações
que me abalam demais a alma e podem ter relação direta. Pouco importa quanto
tempo isso dure. Pouco importa o quão intenso possa ser esse momento. O que
importa na verdade é que ele aconteça mais vezes, porque o amor que dedico ao
mundo, às suas criaturas [sobretudo as do sexo feminino] é resultado direto do
meu estado de alma [terminando agora o inverno de Vivaldi].
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