terça-feira, 9 de outubro de 2012

Palavras soltas


Pronto! Você disse tudo o que queria, não me deu razão embora soubesse que ela estava ao meu lado o tempo todo e se foi sem me deixar falar. O sono foi embora por conta dos pensamentos que se embaraçam nas cortinas de minhas confusões. E ainda agora essa solidão que me pertence toda uma semana, a fio, inexorável, brutal.
Ao olhar as paredes frias e impessoais desse quarto de hotel, sinto os augúrios do amanhecer que ainda está longe, mas me diz que meu dia será percorrido com dificuldade, e perceberei as horas se arrastando. Lentas.Não quero falar de você. Hoje não. Quero só espalhar palavras na tela, sem me preocupar em saber por onde elas me levarão. Infelizmente sei que em dado momento elas me levarão a você. Nesse momento aporei o ponto final e correrei para a cama exasperado por dormir. Não, não posso beber uma garrafa de um bom cabernet hoje. Não seria sensato.
Embora o amor já me seja antigo companheiro, ainda não aprendi seus meandros mais secretos. E um misto de pavor, raiva e compreensão, sem falar da paixão desenfreada, não me permitem saber que o momento de tentar equilibrar os pensamentos é agora. Pronto, já me veio você à cabeça... como prometi, ponto final.

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