A noite corria alta. As estrelas
salpicavam o céu negro e emprestava à floresta escura uma aparência sombria e
fúnebre. Ele se deteve à entrada da mata, e pensou nas razões que o colocaram
ali. Rodou um filme em sua cabeça, sentiu um pavor cortante percorrer seu
corpo, e sentiu mais uma vez o amor. Ele sabia que não podia consertar outras
pessoas, sem consertar a si mesmo e por isso ele se perderia na mata, para se
encontrar. Não existia outra alternativa.
Como poderia ele perceber, ainda
àquela altura da vida, que as confusões do coração terão um dia a calmaria das
montanhas?
Ele sabia que sairia outra pessoa
da grande noite escura. Viveria ainda mais pressão que estava vivendo.
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