domingo, 11 de março de 2012

Imersos no noturno

           As mãos acariciavam-lhe os seios desnudos vagarosamente. Ela arfava o corpo gemendo baixinho. Na cama do motel barato, cuja entrada mais parecia uma chegada de sítio mal cuidado, eles se acariciavam demoradamente, se encontrando num misto de prazer e cumplicidade. Ela o olhava no fundo dos olhos e ele retribuía; com a boca entreaberta, num lento movimento de abre e fecha, ele esfregava seu pênis, ainda dentro da cueca, na vagina dela, ainda dentro da calcinha. As preliminares ainda começavam, mas seus gemidos já eram evidentes dentro daquelas paredes. Ele estava sobre ela com todo o peso do seu corpo lavrado em corridas quase que diárias e lentamente foi retirando sua calcinha a qual foi atirada num canto da cama que pairava no meio do quarto. Ela ofereceu-lhe o sexo, em chamas, e ele, avidamente, afundou sua língua naquela vagina que latejava de desejo. Começaram então uma sucessão de movimentos que foram se tornando mais pronunciados e ela quase que gozou em sua boca.
Ela denotando um desejo violento saiu daquela posição, colocou-o deitado na cama e engoliu seu pênis até a raiz, num só movimento. Seu corpo tremia a olhos vistos. Depois desse início tempestuoso, ela continuou a felação segurando o membro do seu amante pela raiz, desta vez sugando com um carinho imenso. Ele se contorcia na cama e começava a suar. Ela o olhava enquanto o chupava, com os olhos bem abertos, com as narinas seguindo o ritmo de sua respiração ofegante.
Ele sentia o corpo tremer por vê-la assim, nessa situação. Ela, não se aguentando, levantou-se de súbito e sentou-se sobre ele. Seus sexos tocaram-se já em brasa. Segurou-a pela cintura e o pênis furou-lhe a carne com muita facilidade posto que estavam em plena fluidez de desejos. Literalmente! Eles se amaram até que explodiram num gozo infindável. Juntos.
Depois que suas respirações reaproximaram-se do normal,  ainda abraçados, ficaram se tocando, se acariciando, se beijando vagarosamente. Era indefinível o sutil ambiente que os envolvia. Parecia que uma nuvem vaporosa os colocava em estado de contemplação absoluta um pelo outro. E assim sucedeu aquela noite. Muita troca, muito cuidado e carinho.



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