domingo, 18 de março de 2012

Vendo-te dormir


Acordei dum sono pesado que me acalentava há pouco. Olhei para o lado e imersa na penumbra pude ver os contornos sutis do teu corpo, dormindo...
A vontade de te acordar e te oferecer o prazer do orgasmo veio forte, mas uma outra vontade abateu-se violentamente em mim. A vontade de ver-te dormindo. O silêncio da madrugada, ensurdecedor e melodioso ao mesmo tempo, o quarto escuro com a luz do luar entrando pelas frestas da janela, o barulho dos grilos lá fora. Tu dormindo aqui dentro. Linda!
Toquei de leve, com a ponta do dedo, na tua coxa. Percorri-te a perna bem devagar, sentindo o toque do dedo na pele. Nua! Tu nua na cama. Dormindo docemente logo depois de ter ido às alturas num grito de prazer infindável. Corpo de fêmea.
          Os cabelos caíam levemente sobre o travesseiro, sobre o lençol. Tuas nádegas extirpavam de mim olhares lânguidos e desejos ainda contidos. Olhei-te dormir e admirei teu corpo. Como é especial amar-te. Nossos momentos são sui generis com a presença de teu amor junto com o meu amor. Durma. Aqui ficarei a te proteger, a fazer carinho no corpo nu. A madrugada ainda vai longe. Amo-te.

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