Acordei dum
sono pesado que me acalentava há pouco. Olhei para o lado e imersa na penumbra
pude ver os contornos sutis do teu corpo, dormindo...
A vontade de te
acordar e te oferecer o prazer do orgasmo veio forte, mas uma outra vontade
abateu-se violentamente em mim.
A vontade de ver-te dormindo. O silêncio da madrugada,
ensurdecedor e melodioso ao mesmo tempo, o quarto escuro com a luz do luar
entrando pelas frestas da janela, o barulho dos grilos lá fora. Tu dormindo
aqui dentro. Linda!
Toquei de leve,
com a ponta do dedo, na tua coxa. Percorri-te a perna bem devagar, sentindo o
toque do dedo na pele. Nua! Tu nua na cama. Dormindo docemente logo depois de
ter ido às alturas num grito de prazer infindável. Corpo de fêmea.
Os cabelos caíam levemente sobre o travesseiro, sobre
o lençol. Tuas nádegas extirpavam de mim olhares lânguidos e desejos ainda
contidos. Olhei-te dormir e admirei teu corpo. Como é especial amar-te. Nossos
momentos são sui generis com a
presença de teu amor junto com o meu amor. Durma. Aqui ficarei a te proteger, a fazer carinho no corpo nu. A madrugada ainda vai longe. Amo-te.
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