Já lhes ocorreu estar
apaixonado por uma mulher e, em sua presença, desatar-lhe os mais desmesurados
elogios como forma de alcançar-lhe o aguçamento da atenção em seu favor?
Infelizmente na maioria das vezes isso acaba em um menosprezo velado, mas muito
evidente para quem o sente. Apenas para esse alguém. Isso depende
majoritariamente da forma pela qual se desata tais elogios. A abordagem numa
conquista, seus métodos, suas estratégias são fatores determinantes que
ensejarão o sucesso ou o fracasso.
Por conta de tantos “foras”, criei um método, naquela
obscura época de 1995, para evitar os contratempos e evidenciar-me entre os
mais galantes da turma de amigos como um garanhão ímpar. Esse método
consiste em não dar asas ao desejo de me colocar de quatro aos pés da mulher
que desejei. Primeiramente é necessário que lhe conheça as preferências, os
desejos, os gostos em comum, as formas pelas quais lhe farão aproximar-se da
mulher que se tem nos pensamentos por horas e horas e horas. Claro que tudo
isso deve ocorrer secretamente.
Próximo passo; é preciso que ela saiba que você existe.
Faça com que isso ocorra. Antes do primeiro oi, é forçoso que ela saiba também
que você é pessoa que lhe desperte desejo. É isso mesmo. Os animais já usam desse
método há milênios. Despertam na fêmea o interesse mediante seus atributos
visíveis. Como somos mais complexos, mais inteligentes, mais sutis, nossas
ferramentas também o devem ser.
É claro que o excesso de virtude deturpa a intenção. É
certo que nossas falhas humanas são filhas do orgulho. O orgulho, amargo fel
que nos é companheiro desde os tempos de berço, diz-nos que quando somos muito
elogiados devemos seguir a lei de oferta e procura e nos tornarmos mais caros por estarmos sendo mais disputados e evitar sermos pérolas jogadas aos porcos.
É possível que se construa uma barreira entre o mundo e
você porque seus anseios rotineiramente visitam o limbo. A alternativa aparente
é ignorar e dar crédito ao pensamento que diz que toda sombra é vítima da busca
de seu dono. Acreditem-me!! Ignorar nessa excepcional situação faz bem. Explico
adiante.
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