domingo, 4 de março de 2012

Preâmbulo


         Uma mulher, um sorriso, um olhar, um segredo. Um passo na calçada, um momento, outro olhar. Entre as paredes. Ele quer que assim seja sua vida: permeada de amor. Ele busca nas lembranças momentos em que foi feliz. Sabe que pode ser de novo. Por enquanto ele precisa esquecer um amor que se foi e nunca mais vai voltar. Esquecer um amor? Que absurdo! Ele logo se lembra que amores não se esquecem.

Para onde ir hoje? Para o trabalho? Para o bar? Para a internet conhecer alguém interessante que converse coisas que ele sabe que são especiais? Estar fisicamente com alguém que lhe olhe daquele mesmo jeito de outrora? Ele sai de casa, vai caminhar logo cedo. Corre vendo a natureza ao seu redor. Mas até quando os dias serão assim calmos e tranquilos? Um dia as ondas irão bater com força no rochedo e quem sabe uma avalanche de pedras pode cair sobre o mar. É que a ficção é a vida e a vida é uma lembrança. A vida é a impressão de lembranças nos vazios do pensamento.
Pare, se acalme e pense um pouco. Esteja com alguém que lhe faça carinho, que lhe afague o rosto. Tome uma taça de vinho e caminhe no frio da noite contra o vento. O vinho irá corar seu rosto e o vento baterá mais gostoso. Nunca pare. Força sempre!

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