Nossas horas
em minha cama eram testemunhas do quanto nos amamos perdida e desmesuradamente.
Já havia mais de dois meses que havíamos nos conhecido naquele restaurante,
naquela noite do cinema, dos beijos apaixonados. Desde então nós já havíamos
ido por várias vezes num hotel de propriedade de um senhor de cabelos ralos e
brancos, o qual usava o lugar como antro de encontros amorosos porque seus hóspedes
escasseavam dia após dia. Como o hotel tinha pouco conforto e era um lugar
muito frio para o calor do amor que nos unia, começamos a nos encontrar em
minha casa.
Alicia sempre
aparecia fugida do marido que se trancava no escritório de casa, ou nos
restaurantes para infindáveis jantares de negócios com clientes de considerável
estirpe. Nessa noite ela chegou em casa num taxi, saltou e logo tocou a
campainha. Abri a porta e ela entrou chorando e me abraçando vigorosamente. Fiquei
abraçado a ela, por alguns minutos, lhe dizendo palavras que se diz a alguém
que precisa ser consolada nesses momentos. Quando os soluços cederam, ela
começou a falar com a voz entrecortada pelas lágrimas que ainda caíam. Disse-me
que seu marido havia sido promovido na empresa que trabalhava e que ela iria
embora de Minas Gerais. Seu novo endereço seria uma cidade do Rio Grande do
Sul. Atônito com a notícia abracei-a sem conseguir conciliar o pensamento. Perguntei
por fim, depois de alguns minutos em silêncio. E para quando é isso? Para daqui a dois
meses, disse ela.
Peguei-a pela
mão, fui com ela para a cozinha, abri a geladeira, dei-lhe um copo de água
gelada. Ela sorriu um sorriso sem graça, tentando fingir uma melhora em seu
estado e disse: quer esfriar minha cabeça com essa água? Olhei-a com os olhos
esgazeados e respondi: só quero congelar seus pensamentos. Então subimos para meu
quarto e sentamos na cama olhando-nos em silêncio. Ela
ofereceu-me a boca que beijei muito carinhosamente. Como que por instinto,
comecei a acariciar-lhe, com as pontas dos dedos, o rosto, o pescoço, os lábios,
as orelhas. Ela fechou os olhinhos e se entregou ao prazer que ia sentindo com
meus beijos e minhas carícias. Jogou a cabeça pra trás e me ofereceu o pescoço
e os seios quase nus por trás do decote. Fui beijando-a e dizendo o quanto a
amava. Alicia pegou em meu rosto e apertou-me junto ao seu peito. Fomos nos
desfazendo de nossas roupas sem nos darmos conta, e dentro em pouco estávamos
nus sobre a cama. Tomei-a nos braços por cima dela e encaixei o pênis em sua
vagina. Nem precisei fazer força ou encaminhar com a mão, pois ela estava muito
excitada. Enfiei num só golpe. Ela gemeu alto. Olhou-me com os olhos quase
fechados e mordendo os lábios. Depois de algumas estocadas vigorosas, ela
começou a dar sinais de que ia ter um orgasmo. Por fim, iniciou seus espasmos
enquanto ela me abraçava forte e chorava. Achava lindo ver Alicia chorando enquanto
gozava. Gozou ainda mais duas vezes até que eu também atingi o clímax. Depois
de passar o efeito estonteante de seu orgasmo ela se lembrou do problema que a
dominava e encheu um copo com whisky e não acrescentou gelo.
Ela bebia
nervosamente seu copo de whisky olhando pela varanda e estava maravilhosa usando apenas a calcinha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário