sexta-feira, 16 de março de 2012

Alícia! Parte 2


         Ela bebia nervosamente seu copo de whisky olhando pela varanda e estava maravilhosa usando apenas a calcinha. A noite já ia alta. Beirava as duas da manhã. Eu não tinha me dado conta do horário e muito menos ela. Em minha casa, Alicia se sentia completamente à vontade. Depois de tomar seu whisky, ela veio para a cama, deitou-se e adormeceu rapidamente. Diminuí o volume da televisão para não acordá-la. De manhã, fizemos amor novamente, nos vestimos, tomamos café na padaria da esquina e levei-a para casa. Seu marido já havia saído para o trabalho.
Nossas horas em minha cama eram testemunhas do quanto nos amamos perdida e desmesuradamente. Já havia mais de dois meses que havíamos nos conhecido naquele restaurante, naquela noite do cinema, dos beijos apaixonados. Desde então nós já havíamos ido por várias vezes num hotel de propriedade de um senhor de cabelos ralos e brancos, o qual usava o lugar como antro de encontros amorosos porque seus hóspedes escasseavam dia após dia. Como o hotel tinha pouco conforto e era um lugar muito frio para o calor do amor que nos unia, começamos a nos encontrar em minha casa.
Alicia sempre aparecia fugida do marido que se trancava no escritório de casa, ou nos restaurantes para infindáveis jantares de negócios com clientes de considerável estirpe. Nessa noite ela chegou em casa num taxi, saltou e logo tocou a campainha. Abri a porta e ela entrou chorando e me abraçando vigorosamente. Fiquei abraçado a ela, por alguns minutos, lhe dizendo palavras que se diz a alguém que precisa ser consolada nesses momentos. Quando os soluços cederam, ela começou a falar com a voz entrecortada pelas lágrimas que ainda caíam. Disse-me que seu marido havia sido promovido na empresa que trabalhava e que ela iria embora de Minas Gerais. Seu novo endereço seria uma cidade do Rio Grande do Sul. Atônito com a notícia abracei-a sem conseguir conciliar o pensamento. Perguntei por fim, depois de alguns minutos em silêncio. E para quando é isso? Para daqui a dois meses, disse ela.
Peguei-a pela mão, fui com ela para a cozinha, abri a geladeira, dei-lhe um copo de água gelada. Ela sorriu um sorriso sem graça, tentando fingir uma melhora em seu estado e disse: quer esfriar minha cabeça com essa água? Olhei-a com os olhos esgazeados e respondi: só quero congelar seus pensamentos. Então subimos para meu quarto e sentamos na cama olhando-nos em silêncio. Ela ofereceu-me a boca que beijei muito carinhosamente. Como que por instinto, comecei a acariciar-lhe, com as pontas dos dedos, o rosto, o pescoço, os lábios, as orelhas. Ela fechou os olhinhos e se entregou ao prazer que ia sentindo com meus beijos e minhas carícias. Jogou a cabeça pra trás e me ofereceu o pescoço e os seios quase nus por trás do decote. Fui beijando-a e dizendo o quanto a amava. Alicia pegou em meu rosto e apertou-me junto ao seu peito. Fomos nos desfazendo de nossas roupas sem nos darmos conta, e dentro em pouco estávamos nus sobre a cama. Tomei-a nos braços por cima dela e encaixei o pênis em sua vagina. Nem precisei fazer força ou encaminhar com a mão, pois ela estava muito excitada. Enfiei num só golpe. Ela gemeu alto. Olhou-me com os olhos quase fechados e mordendo os lábios. Depois de algumas estocadas vigorosas, ela começou a dar sinais de que ia ter um orgasmo. Por fim, iniciou seus espasmos enquanto ela me abraçava forte e chorava. Achava lindo ver Alicia chorando enquanto gozava. Gozou ainda mais duas vezes até que eu também atingi o clímax. Depois de passar o efeito estonteante de seu orgasmo ela se lembrou do problema que a dominava e encheu um copo com whisky e não acrescentou gelo.
Ela bebia nervosamente seu copo de whisky olhando pela varanda e estava maravilhosa usando apenas a calcinha.

Nenhum comentário:

Postar um comentário