quarta-feira, 28 de março de 2012

Bom dia ao dia nublado



Esta manhã que surge cinza e sombria, agonizando entre as nuvens espessas que tornam o céu preguiçosamente belo e aprazível aos meus olhos. Como amo essa beleza universal que teima em atingir inexoravelmente as córneas de meu espírito. Percebo que as nuvens correm para o oeste. São pesadas e carregadas de água. Elas denotam claramente que ainda o ano se principia e nesses dias as chuvas são abundantes e torrenciais.
Um poste colocado em frente a minha janela se constrasta ainda mais lindamente com a grossa camada de nuvens a espraiar-se no céu o qual me sugere poesia, reflexão e desejo de estar perto dessa natureza infindável e comungar-me junto a ela com a emoção mais terna e bela.
A beleza de um dia nublado me embriaga enormemente e me diz que o Universo é infinito em sua própria substância. Como posso resistir a isso tudo? Preciso sinceramente me deixar absorver por cada grânulo de nuvem a percorrer o céu e contrastar-se com o verde das árvores que bebem de sua água fartamente, como uma missão previamente combinada entre nuvem, chão e árvores.
Ergo-me da cama, dou bom dia a essa miscelânea de beleza, poesia, fé e imensidão. E sigo meus dias, plantado no chão como as árvores que sonham um dia pairar infinitamente, como as águas que alimentam sua seiva.


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