domingo, 15 de abril de 2012

O bilhete

Um homem que estava distante de sua amada, com loucas saudades de seu calor, escreveu certa vez num papel branco um pequeno bilhete, influenciado por um sonho que teve, enviou pelo correio, mas a carta não chegou. Desviara. Poucos dias depois ele morreria num acidente de carro. Inexplicavelmente, a carta foi recuperada pela empresa e chegou às mãos da moça enlutada e prestes a colocar fim em sua vida. Ela abriu o envelope após ver que o remetente era seu amado, e leu:

Que teu dia seja lindo como teu olhar. Que tua vida seja longa como meu amor por ti. Mesmo estando longe, amo-te e quero-te bem. Que tua tarde lhe traga a certeza de que a noite será iluminada apesar de escura, amena apesar do calor que insiste em nos torrar. E que minha vida, apesar de efêmera, não signifique que com seu fim, deixarei de amar-te. E que eu possa habitar teus pensamentos, pela eternidade. Amém.

A moça chorando desistiu do seu ato, e percebeu que realmente o amor é maior que a vida, mas que a vida sem o amor, que a vida sem sentido não basta para que ela tenha uma razão de se viver.



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