Pontualmente
às dez da noite Apollo buzinou o carro na rua de baixo de sua casa. Amanda
disse pra ele que não fosse até sua porta, pois morava com os pais e ela não
queria explicar para eles que fosse sair com uma pessoa pouco depois de
terminar um namoro. Ela desceu as escadas em passo apressado, na velocidade que
seu enorme salto permitia. Ele a esperava do lado de fora do carro. Abraçaram-se
e entraram no carro. Ele deu partida no motor e saíram andando sem rumo, mas
foi interpelado por ela que quis saber onde iriam. Ele respondeu que queria
rodar sem ter aonde ir, que queria estar ao lado dela e ouvir e sentir sua doce
voz, mais nada. Eles conversaram futilidades. Amanda estava nervosa. Sentiu-se
como uma adolescente ao lado daquele homem que a atraíra desde o dia anterior pela
sala de bate-papo. Ela percebeu certa perspicácia nas palavras dele. Ao
telefone, percebeu que ele articulava bem a voz, pronunciava com cuidado as
palavras que lhe falava. Amanda começou a desenhar em sua cabeça como seria uma
vida em comum com aquele homem adorável.
Ele parou o
carro em uma praça com pouco movimento e conversaram sobre eles, sobre suas
vidas, ocupações, preocupações, sonhos, futuro. Foi uma conversa que não permitia
que eles dessem conta que os ponteiros do relógio voavam pelo mostrador. Nisso,
ele já havia roubado um beijo dela, e se abraçavam apertadamente. Apollo
pediu-lhe para que fossem para um lugar mais tranqüilo. Foram parar em um
motel. Ele escolheu o quarto com atenção e desceu o toldo da garagem. Já dentro
daquele cenário de encontros românticos, eles sentaram-se e logo em seguida
deitaram-se na cama, ainda vestidos e trocaram longos beijos com o toque da
língua na boca, com a respiração ofegante que denunciava que o desejo se fazia
ardente.
Eles pouco se
importavam que não tivessem começado a tirar suas roupas e caíssem um sobre o
outro famintos por sexo. Eles nem foram para aquele lugar pensando em sexo, por
mais descabido que possa parecer aos mais insensatos. O desejo deles era não
serem interrompidos naquela noite mágica e única. É possível se admitir que
isso era algo previsível, mas considerar que pudesse acontecer é diferente de
dizer que fosse certo que ocorresse.
O calor dos
movimentos que eram lentos em sua essência, mas quentes no que denunciavam,
foram o prelúdio de carícias mais envolventes. Ele percorria todo o corpo de
Amanda com a língua, derretendo-a em gemidos extenuantes. Ela apertava a cabeça
dele contra o peito, e ele, sofregamente, tirou-lhe a t-shirt, e fartou-se em
seus seios. Amanda gemia agora alto, e esfregava suas pernas nas pernas dele,
em movimentos vigorosos. Incrivelmente ela não o deixou tirar-lhe suas calças,
queria evitar que ele pensasse mal dela. Apollo a respeitou de pronto embora o
forte tesão lhe sugestionasse o contrário. A cadência caiu novamente para
beijos mais suaves. Eles estavam tomados pelo desejo e só cabia a Apollo
envolvê-la naquele clima sensual que exalavam as paredes do quarto. Ela
reclamou de calor em certo momento e perguntou a ele se se incomodava caso ela
quisesse tirar as calças. O rapaz entendeu o que ela queria fazer e disse que
não se importava. Quando ele a viu de calcinha apenas, o desejo tomou-lhe de
novo, violentamente. Tomou Amanda nos braços, deitou-a sobre a cama redonda e
posicionou-se por cima dela. Com a rapidez de um relâmpago ele desfez-se de
suas calças com apenas uma mão e passou a excitá-la agora esfregando seu sexo
no dela. Amanda deu sinais que abrira mão da luta inútil. Ele puxou sua
calcinha de lado e tocou seu sexo com os dedos. Ela pingava de desejo. Então afastou
sua cueca de lado também e passou a pincelar seu membro em Amanda, fazendo com
que ela erguesse seu quadril em busca do falo do rapaz. Ela implorava com os
olhos para que ele a possuísse de uma vez. Não agüentando mais, ele penetrou-a
vagarosamente, e quando chegou ao fundo, parou, olhou-a nos olhos, beijou-lhe
delicadamente a boca e começou um sutil e vagaroso movimento de vai e vem, o
qual foi aumentando o ritmo a cada estocada, e a cada gemido povoado de prazer
que Amanda dava em seu ouvido. O sincronismo entre eles era fantástico e
indescritível. Quando explodiram num gozo alto, Amanda quase desfaleceu sobre a
cama e ficou de bruços com os olhos semi-cerrados olhando-o enquanto ele continuava
a beijar-lhe a face, o pescoço, e passear a língua sobre aquele corpo ainda em
chamas. Em poucos minutos, o rapaz não contendo o desejo de vê-la deitada de
bruços, com aquele corpo lindo e nu pedindo por mais amor, foi por cima da moça
e começou a beijar-lhe a nuca, o pescoço e logo ele estava pronto para novo
ato. Amanda entendendo o que lhe aguardava, contribuiu o quanto pôde para
receber o membro dele novamente dentro de si, o que aconteceu sem esforço
nenhum, porque ela estava muito excitada. Esse ato foi mais agressivo, se é que
pode se chamar assim, e ela teve vários orgasmos dessa vez. O rapaz tirou-lhe o
fôlego repetidamente, e por fim gozou sobre suas costas num alto gemido de
prazer e volúpia. Ficaram se acariciando por longos minutos, até que seus
corpos recuperassem o vigor e fossem tomar banho juntos, se namorando ainda no
chuveiro.
Ficaram de se
encontrar novamente, porque o sentimento que havia nascido naquela noite foi
bem peculiar. Ele estava carente há muito tempo, assim como ela, e uma noite de
amor, era um segundo frente a uma eternidade que os aguardava. Amanda povoou
seus pensamentos naquela noite, e seu sono foi tranqüilo, sereno. Na manhã
seguinte, ela acordou com um sorriso leve e solto nos lábios, deu bom dia ao
sol que já pairava no zênite do céu, e foi começar seu dia.
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